domingo, 1 de março de 2020

Rose Bernardo a minha preocupação é que a maioria dos comentários está demonstrando aprovação com o que é praticado pela criança. O que deve ser sim discutido porque ele vive em sociedade e não há por que para outro ser humano tratá-lo com a benevolência que a mãe dele manifesta. Para além disso, sabe-se que é enquanto criança que se aprende os direitos e deveres sociais, então, se ele age dessa forma com a mãe e ela retribui de modo cúmplice, provavelmente não está mostrando a realidade de que ele errou e deve se corrigir, não deve fazer mais, ou deve entender que erra e precisa ser corrigido. Sou professora e lido todos os dias com adolescentes que não são educados para viver em sociedade, cobram da postura de um professor essa amabilidade/passividade que a mãe demonstra, mas que não condiz com a necessidade de corrigir determinados hábitos errados, principalmente em relação à mentira, ao cinismo, à agressividade por ser descoberto, à tentativa de esconder sua culpa, colocando-a em outro, e até a vantagem de ser tratado como alguém que não sabia (mas estava ciente sim) do que fazia. Algumas crianças podem se frustrar de modo relativamente rápido por causa da falta de correção adequada dos próprios pais e causar mais tarde tragédias (anunciadas pela falta de correção na infância).

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA