Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
quinta-feira, 1 de abril de 2021
mono poli homo hetero gamia... o sexual e o amor no humano histórico
eu não consegui dizer que faz parte de uma das possibilidades das naturezas do sexual humano tão rico e plural em trânsito histórico. Eu penso , mas de maneira muito minha, que não há uma só definição como ser monogâmico ou ser polígamo... penso que ao longo da nossa vivência sexual as possibilidades acontecem naturalmente, em determinados momentos sendo mais um do que outro... como se fosse um continuum na jornada pessoal e não categorias fechadas que conseguem nos identificar. Então, é como se, para mim, não se pode chamar uma pessoa de monogâmica ou poligâmica porque ao longo da experiência de relações afetivo-sexuais foram vivenciados momentos mais monogâmigos ou mais poligâmicos. A homogamia, relação entre pessoas de uma mesma comunidade ou até família, por exemplo, é compulsória em alguns grupos étnicos, como judeus e também comunidades tribais (o que é identitário). Já a heterogamia é a realidade mais comum nas relações ocidentalizadas. Porém, não se pode tomar como definição ou rótulo, porque deveríamos ter o direito de experienciar as possibilidades sem passar pelo aval ou pelo silenciamento (até sufocamento) da opinião pública, sobre uma situação que deveria ser mais íntima no sentido autodescoberta mesmo. O que amei na tua postagens, como sempre, é a voz de construção de diálogos que você SEMPRE nos propõe. Você é, para mim, uma voz de abertura e emancipação. Eu só te agradeço por me acolher nesse caminho, onde tua sabedoria nos banha... te sinto sempre como um rio gigantesco sobre mim. Mulheres que tô morrendo de saudade do teu abraço abrigo. Obrigada por promover esse debate incrível. Para mim, é oportunidade de estar entre pares.
Eu tenho uma visão muito minha sobre esse assunto. Queria muito compartilhar porque acho que nessa postagem o essencial é o que não se pode mais ser calado, silenciado e apagado mesmo. Infelizmente, a experiência histórica precisa ser considerada sobre a interrelação pessoal afetiva, mesmo também esses termos sendo aparentemente repetitivos colocados assim. Então, o que se faz necessário para mim sobre isso é que monogamia, poligamia, heterogamia e homogamia são possibilidades na nossa jornada particular. Eu vejo mesmo que ser ou não ser mono, poli, homo, heterogâmico são estados transitórios, mesmo não sendo legitimados assim, por isso seja bem mais definida a monogamia nesse formato patriarcal de civilização em que nos encontramos. Porém, mesmo a monogamia precisa ser olhada com certa atenção porque faz parte da natureza sexual da gente; muito embora seja a versão artificial patriarcal de violência corpórea de monogamia como monopólio (exclusiva sexualidade com um par predefinido, como o casamento heterossexual teoricamente seria), a versão posta como única. Monogamia não é monopólio em si, mas monopólio é a parte de controle sexual feminino mais exercida pela mentalidade civilizatória centrada no binarismo machológico e, por tudo isso, machocêntrico. Isso não é estritamente sobre homens que impõe uma dominação sobre mulheres, mas sobre a concepção de mulher como objeto para o homem que assim, no capitalismo e no liberalismo, se torna o seu proprietário, com o aval político institucional da microfísica do poder patriarcal que entra em nossas casas, tranca os armários em que nos escondemos e rouba o lençol na hora da sessão de autoconhecimento.
Monogamia não é monopólio
Eu tenho uma visão muito minha sobre esse assunto. Queria muito compartilhar porque acho que nessa postagem o essencial é o que não se pode mais ser calado, silenciado e apagado mesmo. Infelizmente, a experiência histórica precisa ser considerada sobre a interrelação pessoal afetiva, mesmo também esses termos sendo aparentemente repetitivos colocados assim. Então, o que se faz necessário para mim sobre isso é que monogamia, poligamia, heterogamia e homogamia são possibilidades na nossa jornada particular. Eu vejo mesmo que ser ou não ser mono, poli, homo, heterogâmico são estados transitórios, mesmo não sendo legitimados assim, por isso seja bem mais definida a monogamia nesse formato patriarcal de civilização em que nos encontramos. Porém, mesmo a monogamia precisa ser olhada com certa atenção porque faz parte da natureza sexual da gente; muito embora seja a versão artificial patriarcal de violência corpórea de monogamia como monopólio (exclusiva sexualidade com um par predefinido, como o casamento heterossexual teoricamente seria), a versão posta como única. Monogamia não é monopólio em si, mas monopólio é a parte de controle sexual feminino mais exercida pela mentalidade civilizatória centrada no binarismo machológico e, por tudo isso, machocêntrico. Isso não é estritamente sobre homens que impõe uma dominação sobre mulheres, mas sobre a concepção de mulher como objeto para o homem que assim, no capitalismo e no liberalismo, se torna o seu proprietário, com o aval político institucional da microfísica do poder patriarcal que entra em nossas casas, tranca os armários em que nos escondemos e rouba o lençol na hora da sessão de autoconhecimento.
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