domingo, 29 de março de 2020

Caroline Kreile Dos Reis morei no interior do Maranhão por 3 anos, o que há é venda de leite cru por pessoas que alimentam suas famílias através da venda de 1 litro de leite a R$1,00. Óbvio que a realidade da indústria requer fiscalização sanitária, mas estamos falando de VONTADE POLÍTICA. Estamos tratando de MATAR A FOME de milhares de pessoas pelo Brasil a fora. Se vc acha isso impossível, então, veja todas as pesquisas sobre indústria da miséria (alimentícia) que se tem. Não se produz alimento, se produz FOME E MISÉRIA. Jogar fora para o COITADINHO do produtor é mais simples do que OBRIGAR A DOAÇÃO EM SITUAÇÃO DE CALAMIDADE. Será que o produtor não teria NENHUMA maneira de tornar esse produto consumível? Teria mas não faz. O sistema que move a lucratividade nesse setor impõe a venda de uma base alimentar não preparada e DERRAMA PELAS CRIMINOSAS VALAS da produção o que alimenta os vermes da miséria. Claro que eles "gostariam muito" de poder doar. Mas esse poder não é dado aos donos do alimento. A fiscalização sanitária NO NOSSO PAÍS é só mais uma engrenagem. Veja os exemplos dos produtores sustentáveis como o MST, desperdício próximo de zero, responsabilidade humanitária. Por isso a reforma agrária é um "problema" pro burguês, ela legaliza a distribuição e equilibra a lucratividade irracional.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,industria-de-alimentos-discute-formas-de-combater-desperdicio,70003051028

https://www.diarioinduscom.com/a-realidade-da-fome-no-mundo-e-a-oferta-de-alimentos/

https://www.politize.com.br/fome-no-mundo-causas-e-consequencias/

http://www.pucrs.br/revista/uma-lei-que-mata-de-fome/

http://www.justificando.com/2019/07/22/relatorio-da-onu-indica-que-fome-no-brasil-que-antes-diminuia-voltou-a-crescer/

https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/agricultura/lei-que-proibe-jogar-alimentos-fora-vira-exemplo-mundial-3m4jleeqk1exidd8hnjalam5n/

Dicas de leitura sobre o tema. Mas o que se produz nas universidades brasileiras sobre o assunto também vale muito a pena.
Adriano Gross Gonçalves inclusive outros alimentos são descartados não só no nosso país. Muitas são as campanhas de grandes chefes pelo mundo em relação ao descarte de alimento. Por exemplo, durante aquela alta do preço de tomate em 2014 (acho), os produtores estavam descartando esse "produto" nas lavouras, sem sequer os noticiários pensarem em relatar o assunto. Enquanto o alimento for pensado como mais um produto da indústria, não haverá ética humanitária sobre acabar com a fome. Quando se pensa em produtores sustentáveis, como o MST por exemplo, esse descarte chega a zero. Mas a produção em larga escala é desumana e se apoia em dispositivos legais para ser cruel. A fome é o produto vendido nós comerciais das grandes empresas. Se produz vontade de comer o que não se pode comprar. Se produz desnutrição e miséria também. Não há uma indústria alimentícia que se habilite em doar por exemplo cestas com seus produtos às pessoas que não poderiam de jeito nenhum comprar, aos miseráveis. Há toneladas de alimento industrializado por exemplo no lixo por perderem a "validade", outra importante invenção desse sistema. Jogar fora alimento nutre a fome de milhares de pessoas no mundo. Comprar alimento de grandes indústrias e pagar para matar gente no mundo inteiro. Infelizmente, é a realidade da alienação do poder de ser consumidor. Somos os que mantém a roda da morte capitalista em constante dinâmica. 
Para eles, é absolutamente "natural" que se jogue fora porque é um "trabalho" desperdiçado. Eles fazem para garantir o equilíbrio financeiro já que não terão livro sobre, então, não vale a pena alimentar mais nada. O lucro é pensado como o único fim e nenhuma proposta de doação se vê porque não há lucro em doar. É uma lógica ao inverso de alimentar. Produzir alimento para ter dinheiro, não é para "matar a fome", mas para sustentar a fome de muitos que perecerão. Garantir que haja fome mantém o leite como um dia produtos mais importantes desse mercado. A fome alimenta a vontade de comer sem ética, comer sem empatia. Comer nesse caso é um privilégio de poucos e a fome um objeto desejado pelo "produtor de alimento".