domingo, 29 de março de 2020

Adriano Gross Gonçalves inclusive outros alimentos são descartados não só no nosso país. Muitas são as campanhas de grandes chefes pelo mundo em relação ao descarte de alimento. Por exemplo, durante aquela alta do preço de tomate em 2014 (acho), os produtores estavam descartando esse "produto" nas lavouras, sem sequer os noticiários pensarem em relatar o assunto. Enquanto o alimento for pensado como mais um produto da indústria, não haverá ética humanitária sobre acabar com a fome. Quando se pensa em produtores sustentáveis, como o MST por exemplo, esse descarte chega a zero. Mas a produção em larga escala é desumana e se apoia em dispositivos legais para ser cruel. A fome é o produto vendido nós comerciais das grandes empresas. Se produz vontade de comer o que não se pode comprar. Se produz desnutrição e miséria também. Não há uma indústria alimentícia que se habilite em doar por exemplo cestas com seus produtos às pessoas que não poderiam de jeito nenhum comprar, aos miseráveis. Há toneladas de alimento industrializado por exemplo no lixo por perderem a "validade", outra importante invenção desse sistema. Jogar fora alimento nutre a fome de milhares de pessoas no mundo. Comprar alimento de grandes indústrias e pagar para matar gente no mundo inteiro. Infelizmente, é a realidade da alienação do poder de ser consumidor. Somos os que mantém a roda da morte capitalista em constante dinâmica. 

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA