Nenhuma novidade. Nas crises domésticas TODOS SABEM QUE É ASSIM. Somos adestradas para "dar conta" das coisas enquanto os homens se lançam em maravilhosas aventuras. Os heróis não são só invenção, são em certa medida mentira, ao menos os das telonas. As mulheres vencem guerras constantes e aprendem a comunicar medo e cuidado desde cedo. Elas sabem ser porta-vozes de gente comum, já os super homens estão a mercê do mito, que lhes fez o que são, protagonistas de uma cultura de hipocrisia.
Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
quinta-feira, 7 de maio de 2020
E isso não resultado de informação, mas de amedrontamento. Sim, a população está amedrontada e o medo segue impune. Enquanto em uma esperteza manipuladora alguns "vendem" milagres, na tv aberta (maior canal de informação) o entretenimento se tornou cruel. A arma para combater o vírus poderia ser a informação, mas o que se percebe é alarme. Alarde também. Alarme que gera por um lado paralisação e por outro negação. A prova disso é o efeito de ansiosidade na gente. Assistir jornal de tv aberta virou teste psicotécnico para guerra, embora eu suspeite de sadismo e masoquismo. Uma população carente de educação e naturalmente manipulável é mais que isca, é o alvo da guerra das forças, quem aliena mais. Para mim, a falta de uma linguagem realmente acessível e didática na imprensa desencadeia amedrontamento, aparelho ideológico de um Estado tirânico. Enquanto há os que inventam curandices para angariar a atenção de quem se desesperar tanto que nega. Nega com veemência. O bolsonazismo existe e é uma mentalidade genocida, não é nenhuma invenção isso. Mas "a única saída é pela alarmamento da população", não é bem o que vejo. Não se ensina "tocando o terror", há ao contrário disso uma didática da esperança, entusiasmada por Freire na luta pela emanciapação e da cidadania. Por que seria diferente neste caso? Até carta suicida vale a pena reverberar contra o insano... Que se tornou presidente em uma narrativa de salvaguardado de uma facada pavorosa. Agora o pavor é um vírus potente e a gente é imunizada pela negação ou pelo medo irrefreante? Talvez. Não vejo com bons olhos a forma como a informação anda sendo promovida no Brasil. Parece um espetáculo de terror. Isso não é eficiente, já se vê há tempos. Estava na hora de mudar a forma de falar com a nossa gente simples e que realmente precisa acreditar que é vontade de salvar e não de nos matar mais rápido o que fazem...
A linguagem da tv aberta no Brasil é orientada pelo despertar do medo. Primeiro, medo de ser brasileiro agora. Segundo, medo de ser pobre. Terceiro, medo de ser infectado. Quarto, medo de infectar. Quinto, medo de tudo. Sexto, medo de números. A lista vai longe. Até medo do "presidente" tem. Tudo é uma motivação para o medo que por hora move a população. Umas são movidas para o alerta, outras para a negação. Faces de uma informação sem piedade das desigualdades entre as massas. Vejo os programas de televisão e entendo como há tanta alienação. Enquanto a tv aberta trata em rede nacional com a banalização do amedrontamento da gente, há os espertalhões que trabalham no "acolhimento" das formas não remediadas de medo. Explico-me: enquanto quem deveria informar, espetaculariza a dor e o sofrimento através do medo para provavelmente conter à força o inimigo (que é simplesmente nesse caso o governo); há quem se aproveite e venda até "bago de feijão" milagroso, curando as famílias impotentes. Então, esse é o resumo. Não há didática na estratégia da mídia em vencer seus inimigos. Não há pedagogia ética da informação tentando acolher a natureza humana da população. Há alarme tocando enquanto uns são levados e outros são pisoteados, não há certeza quem não irá ou quem sofrerá com isso. Por isso, profissionais da saúde não sentem redução. O governo federal é realmente genocida. O medo é intuitivo e ao mesmo tempo real nos brasileiros, mas a imprensa não informa, encrenca. Isso é bem notável. Dizer na língua da gente que morrer não é o único caminho previsível perdeu a graça.
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