quinta-feira, 7 de maio de 2020

E isso não resultado de informação, mas de amedrontamento. Sim, a população está amedrontada e o medo segue impune. Enquanto em uma esperteza manipuladora alguns "vendem" milagres, na tv aberta (maior canal de informação) o entretenimento se tornou cruel. A arma para combater o vírus poderia ser a informação, mas o que se percebe é alarme. Alarde também. Alarme que gera por um lado paralisação e por outro negação. A prova disso é o efeito de ansiosidade na gente. Assistir jornal de tv aberta virou teste psicotécnico para guerra, embora eu suspeite de sadismo e masoquismo. Uma população carente de educação e naturalmente manipulável é mais que isca, é o alvo da guerra das forças, quem aliena mais. Para mim, a falta de uma linguagem realmente acessível e didática na imprensa desencadeia amedrontamento, aparelho ideológico de um Estado tirânico. Enquanto há os que inventam curandices para angariar a atenção de quem se desesperar tanto que nega. Nega com veemência. O bolsonazismo existe e é uma mentalidade genocida, não é nenhuma invenção isso. Mas "a única saída é pela alarmamento da população", não é bem o que vejo. Não se ensina "tocando o terror", há ao contrário disso uma didática da esperança, entusiasmada por Freire na luta pela emanciapação e da cidadania. Por que seria diferente neste caso? Até carta suicida vale a pena reverberar contra o insano... Que se tornou presidente em uma narrativa de salvaguardado de uma facada pavorosa. Agora o pavor é um vírus potente e a gente é imunizada pela negação ou pelo medo irrefreante? Talvez. Não vejo com bons olhos a forma como a informação anda sendo promovida no Brasil. Parece um espetáculo de terror. Isso não é eficiente, já se vê há tempos. Estava na hora de mudar a forma de falar com a nossa gente simples e que realmente precisa acreditar que é vontade de salvar e não de nos matar mais rápido o que fazem...

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA