Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
o patriarcado é uma invenção, é uma entre muitas outras representações vigentes nas possibilidades simbólicas na contemporaneidade. precisamos ir além do mito da inveja do pênis urgentemente
Também precisamos entender que para além do patriarcado como um pódio de suposto poder e suposta vitória de fato o que existe é a realidade da gente, sabe. O patriarcado é uma invenção, portanto está dentro da representação de humanidade que se tem como dominante há muitos séculos, ninguém discute isso. Porém, é também indiscutível que não existe apenas essa proposta de humanidade ou de civilização para a vida de qualquer ser humano, sabe - embora a branquitude e o eurocentrismo costumem validar apenas as suas próprias imagens, essa forma de sociedade é autoidolatra, isto é, "narcísica". Veja, a Silvia Federici acabou de ter um novo livro traduzido para o português se chama " Reencantando o mundo: o feminismo e a política dos comuns" que eu considero uma bomba atômica em quem costuma achar as formas de colonização patriarcal como vitórias últimas da humanidade. Ser homem, ser branco, ser patrão, ser o poder e ser "superior" não são o propósito da vida de MUUUUUUUITAS PESSOAS MUNDO A FORA...tem mais mundo pra refletir e discutir e apresentar do que patriarcado para repetir todo dia no discurso público. É hora de tirar do silêncio e da invisibilidade OUTRAS POSSIBILIDADES DE VIDA. Existem muitas mulheres que nunca tiveram nem uma oportunidade de pensar por outro lado. Então, por que continuamos falando dos homens e de seus edifícios desestruturados? Será que não há mulheres dando conta de tudo em outras possibilidades de vida no mundo? Será que as performances de gênero binárias (masculino e feminino) não estão ultrapassadas... é hora de sacudir também a poeira do séc. 19 (romantismo, modernismo...) acabou...é hora da contemporaneidade. E no século 21...quais as possibilidades de vida para as pessoas?
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