É uma falta tão exagerada de um "pai" que a população se agarra nessas fantasias. É como se esse "super-herói" brabo e resistente representasse a própria fraqueza da população, que assim demonstra se sentir carente de autodefesa. Realmente, não temos uma autoproteção, não sabemos nos cuidar, falta-nos a capacidade de nos defender. Somos uma nação tão carente que se agarra nas pernas desses "salvadores da pátria". Eles sabem da nossa fraqueza, eles quem nos fizeram assim: povo carente, necessitado de si. O engano da nossa visão é a própria ironia no espelho. A gente se olha e não reflete sobre quem de fato somos. A nossa grandeza de povo está esvaziada pelo poder daqueles que nos querem fracos para que eles possam dominar tudo.
Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
o incrível é que padre Antônio Vieira (séc. XVII) já falava sobre isso. Em um sermão entitulado "Bom ladrão" ele exatamente afirma a lógica da teologia clássica sobre a justiça e é enfático "uma tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: - Lá vão os ladrões grandes a enforcar os pequenos". Nossa "justiça" se comporta como há muitos séculos a concepção de "direito" se estabelece: ao que mais poder tiver, a segurança; ao que menos puder ter, a sentença. Uma estrutura de poder complexa e destrutiva, como diria Capitão Nascimento (Tropa de Elite) "O sistema é foda!". Foucault não conseguiu ser tão certeiro, em poucas palavras se resume o capitalismo.
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