Nessa madrugada, sem sono, resolvi estudar a história da Depressão. Entre tantas coisas interessantes que encontrei, resolvi escrever sobre essa:
O Demônio do Meio Dia: como a depressão era vista durante a Idade Média.
Os Historiadores denominam o período entre o Século V ao Século XV, da história Europeia , como Idade Média. Momento da história do continente onde se intensificaram os processos de ruralização e laços de Suserania, Vassalagem e Servidão, com grande influência da Igreja Católica Apostólica Romana nas relações cotidianas.
O homem medieval ficou conhecido por protagonizar momentos de grande efervescência religiosa junto a questionamentos sobre a existência de Deus. Principalmente em períodos de crises econômicas e epidêmicas.
Mesmo com toda a fé, muitas pessoas eram acometidas por um mal conhecido como "Acédia Melancólica" ou o Demônio do Meio-Dia. O sujeito que era vítima da enfermidade(considerada pecado), perdia a vitalidade, vontade de viver, passava os dias chorando, em uma tristeza forte, que o impedia de rezar e exercer as atividades cotidianas , tanto no trabalho quanto na igreja. Por conta da dor causada pela Acédia, o suicídio acabava se tornando algo comum entre os portadores da suposta doença( na época não era vista assim).
Essa situação, se tornou tão comum em alguns momentos, que chegou até a ser incluída, por muitos anos como pecado capital.
Na época, ainda não existia o conceito de psico, consciente, e ciência psiquiátrica, o que inviabilizava um diagnóstico patológico da Acédia. Mas historiadores acreditam que essa é uma enfermidade similar ao conceito depressão que conhecemos atualmente. Outro consenso entre historiadores é a contribuição desse período para criar no imaginário popular o preconceito contra os depressivos. Já que o sujeito em situação de Acédia Melancólica era considerado alguém preguiçoso e que se afastou de Deus.
Obs: durante muito tempo a palavra "Acédia" foi traduzida como Preguiça. Prática que não é mais adotada pelos tradutores.
Imagem: Melancolia de Saturno
Texto - Joel Paviotti
Referências - nos comentários
Página do Facebook:
https://www.facebook.com/240720553043960/posts/796336634149013/?substory_index=0
O Demônio do Meio Dia: como a depressão era vista durante a Idade Média.
Os Historiadores denominam o período entre o Século V ao Século XV, da história Europeia , como Idade Média. Momento da história do continente onde se intensificaram os processos de ruralização e laços de Suserania, Vassalagem e Servidão, com grande influência da Igreja Católica Apostólica Romana nas relações cotidianas.
O homem medieval ficou conhecido por protagonizar momentos de grande efervescência religiosa junto a questionamentos sobre a existência de Deus. Principalmente em períodos de crises econômicas e epidêmicas.
Mesmo com toda a fé, muitas pessoas eram acometidas por um mal conhecido como "Acédia Melancólica" ou o Demônio do Meio-Dia. O sujeito que era vítima da enfermidade(considerada pecado), perdia a vitalidade, vontade de viver, passava os dias chorando, em uma tristeza forte, que o impedia de rezar e exercer as atividades cotidianas , tanto no trabalho quanto na igreja. Por conta da dor causada pela Acédia, o suicídio acabava se tornando algo comum entre os portadores da suposta doença( na época não era vista assim).
Essa situação, se tornou tão comum em alguns momentos, que chegou até a ser incluída, por muitos anos como pecado capital.
Na época, ainda não existia o conceito de psico, consciente, e ciência psiquiátrica, o que inviabilizava um diagnóstico patológico da Acédia. Mas historiadores acreditam que essa é uma enfermidade similar ao conceito depressão que conhecemos atualmente. Outro consenso entre historiadores é a contribuição desse período para criar no imaginário popular o preconceito contra os depressivos. Já que o sujeito em situação de Acédia Melancólica era considerado alguém preguiçoso e que se afastou de Deus.
Obs: durante muito tempo a palavra "Acédia" foi traduzida como Preguiça. Prática que não é mais adotada pelos tradutores.
Imagem: Melancolia de Saturno
Texto - Joel Paviotti
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