Existem muitos dispositivos que influenciam na subversão e na contravenção do paradigma. A leitura, realmente, parece mesmo ser um deles, quando inclusive olhamos para nossas próprias experiências de vida. Ainda assim, fico sempre me perguntando - na vivência em uma cidade do interior do nordeste do Brasil - como existe a transgressão ainda que em ambientes sem o costume da leitura, sem a cultura proveniente do letramento intelectualizado. E existe.
Nesse contexto, eu me vejo diante de uma provocação freireana acerca da leitura de mundo, posto que Freire deixa claro que "A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto". Uma visão dialética em que a representação do mundo forja até mesmo os sentidos encontrados através da leitura.
Então, como é constante no materialismo dialético de Freire, se encontra o ato de ler, o trabalho da leitura que se inscreve na historicidade das narrativas, desvelando subjetividades e subjetivações. A nossa leitura nos desvela, nos desnuda e nos narra. De modo que as representações provenientes das leituras sobre Marx hoje jamais poderão ser confundidas com as originadas na contemporaneidade do próprio autor, portanto, nem mesmo Marx se leria hoje, como o fez anteriormente. O mundo da leitura, assim, me parece uma impressão da leitura que o mundo tem de si.
Eu gosto das provocações freireanas sobre a experiência subjetiva de inteligir a realidade através do espelho de si. Afinal, o mundo não é nada a mais do que se pode ver dele por si. Como diria Wittgenstein "os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo", e aos que desejam a subversão nenhuma leitura é dona dos sentidos porque estes podem ser selvagens.
Nesse contexto, eu me vejo diante de uma provocação freireana acerca da leitura de mundo, posto que Freire deixa claro que "A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto". Uma visão dialética em que a representação do mundo forja até mesmo os sentidos encontrados através da leitura.
Então, como é constante no materialismo dialético de Freire, se encontra o ato de ler, o trabalho da leitura que se inscreve na historicidade das narrativas, desvelando subjetividades e subjetivações. A nossa leitura nos desvela, nos desnuda e nos narra. De modo que as representações provenientes das leituras sobre Marx hoje jamais poderão ser confundidas com as originadas na contemporaneidade do próprio autor, portanto, nem mesmo Marx se leria hoje, como o fez anteriormente. O mundo da leitura, assim, me parece uma impressão da leitura que o mundo tem de si.
Eu gosto das provocações freireanas sobre a experiência subjetiva de inteligir a realidade através do espelho de si. Afinal, o mundo não é nada a mais do que se pode ver dele por si. Como diria Wittgenstein "os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo", e aos que desejam a subversão nenhuma leitura é dona dos sentidos porque estes podem ser selvagens.