domingo, 1 de março de 2020

Pedro Vieira Neto eu não estou fazendo uma pesquisa histórica sobre a evolução de problemas psicológicos na juventude. A minha referência foi a juventude de hoje em relação ao menino de hoje. Muitas crianças da década de 90 e dos anos 2000 em diante já demonstram esses transtornos de modo mais expressivo, se analisamos o número de diagnóstico e de receituário médico psiquiátrico em nossas escolas. O que para mim não representa necessariamente um aumento no número de doentes simplesmente, mas sim uma busca maior por diagnóstico médico. O que se pode entender como medicalização, sem que isso indique tratamento psicopatológico também. Por isso, as famílias atualmente necessitam reverter o padrão de relação interparental focado no acolhimento de  prováveis danos patológicos emocionais e devem começar a se relacionar de modo natural e, principalmente, direto, sem mediação com tecnologias "comunicacionais" por exemplo. E esse método "lúdico" na relação entre mãe e filho me preocupa porque foi muito defendido nos comentários como sendo um super exemplo de como se deve acalmar uma criança, o que para mim é apenas efeito imediato e não corresponderá ao sucesso defendido por tanta gente de maneira direta. Por isso, eu acho que as loucuras não mudam, as vontades, como dizia o grande poeta, sim! As vontades mudam e mudam o mundo. Os jovens de antigamente não eram melhores nem mais saudáveis, nem os de hoje são assim. Mas devemos atentar para as nossas vontades, principalmente os pais que criam seus filhos de um jeito que parecem querer remediar suas próprias angústias. As crianças devem viver suas próprias experiências e a partir delas errarem e aprenderem de modo saudável e, se possível, afetuoso. O afeto infelizmente depende ainda de fatores socioculturais impossíveis de serem discutidos em uma postagem de rede social, sem uma perda reflexivo-metodológica grande. Abraço

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA