sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Ela simplesmente não vai acontecer
Eu tô indo embora mais um vez
A hora de chegar foi tão natural
Mas a de partir não vai ser
Não queria dizer adeus
Mas ela foi dizendo antes
E eu nem li
Nem notei
nos meus devaneios
Nas minhas burrices
Espantei ela da janela do mundo
Ela fugiu mesmo 
Como disse desde sempre
Mas algo dela ainda persiste
Mas sua sombra, sua vagueza
Sua imagem na minha tela
Não são ela
São minha mente
Impondo um presente
Que não existe
Eu conheço suas armadilhas
Querida razão doente,
Não me derrube de novo
Os voos estão proibidos
Mas eu tenho que prosseguir
Uma queda deliberada 
No olhar dela sobre a gente
No falar dela sobre o mundo
E eu caminho incoerente
Cega mente tenho 
Busco uma inspiração
Encontro um muro
Em minha frente, enfrentar
Não tem por quê
Eu sou um passarinho no ar
Nem sei como pude sobreviver
Vou dizendo muito obrigada
Por mais uma chance
Vida, sua boba
Eu compreendi
  • Adeus, agora
Sem ela
nem uma poesia faz sentido
Meus olhos percorrem
 por todo lugar
Ela quem querem
 em todas as letras
e as formas abstratas vistas
 à distância dela
Sem ela
 nenhuma música
 encaixa com a rima
e os poemas de amor
perderam a cor
Não tem melodia
Onde ela foi ?
meus sentidos perguntam
Minha boca sente
o perfume do seu corpo
Ela não é minha
Minha mente repete
A alma sozinha
Cria o gosto da sua pele
E eu sou inteira vazio
Sem ela
Achei muito interessante a tua visão sobre o esse falastrão, desculpa eu não consigo concordar com a comparação com o Marx, porque realmente diferentemente deste, aquele nunca será um filósofo mesmo. Vc está muito certa de colocar a palavra filósofo entre aspas. Enquanto Marx , muito além de lutar pelo fim do liberalismo tirânico, era um consagrado leitor e um dos mais importantes analistas da filosofia clássica (socrática); o jornalista e comentarista de cotidiano brasileiro nunca terá nenhum reconhecimento acadêmico. Marx é estudado por universidades das maiores potências capitalista, que possuem filósofos neoliberais que refizeram a leitura de seus clássicos sobre os problemas e os vícios que a geração de capital poderia criar para o próprio capitalismo. E no séc XXI é estudado como um dos maiores analistas sobre os problemas do liberalismo radical. Por exemplo, existem análises dele que antecipam as crises do capital, tais como a Crack de 1929 (bolsa de valores de NY) às implicações diplomáticas entre conservadorismo e democracia liberal do nosso século. Eu concordo plenamente com a sua visão sobre a retórica viciada do pequeno brasileiro que está amando a popularidade, mesmo ruim, que estão lhe dando. Ele é um cidadão da "sociedade do espetáculo", como analisa o filósofo alemão Guy Debord (1931), no capítulo "A negação e o consumo da cultura". No livro "A sociedade do espetáculo", trata exatamente dessa forma de "intelectualidade" falsa, que não se apoia em conceitos científicos, mas em análises pessoais, verdadeiras opiniões. Ter opinião e expressá-la não pode ser considerado errado, mas querer que essa opinião seja ciência ou teoria é, antes de tudo, uma enganação. Eu considero qualquer palpitero que possui livro publicado como um palpitero de livro e somente isso. Mesmo tendo graduação e pós-graduação, não podemos considerar as opiniões deste ou daquele ciência. Se tem livro, não significa ser um homem das ciências e das filosofias. Ao contrário, acho que algumas obras desse comentarista espetacularista está muito mais para ficção, para não dizer fantasia, do que para análise crítica. Não aceitar contraditório realmente é um dos piores indícios para alguém que se queira científico. É necessário, principalmente dentro da filosofia, a consideração e a inclusão das críticas para que o debate, a tese e a proposta de análise seja ciência ou filosofia. Platão é um dos teóricos mais importantes sobre o método da filosofia clássica, e elege a dialética como o princípio da filosofia. Marx, na sua releitura sobre os métodos da filosofia moderna, elege a dialética histórico-cultural como o princípio ético para qualquer ciência, incluindo a filosofia. Para Marx, a práxis é o única forma de garantir uma ciência ética, isto é, a capacidade de uma teoria ser praticada e transformar realidades ruins para a humanidade em boas formas de viver em sociedade. Eu acredito plenamente, que esses princípios filosóficos são no mínimo ignorados pelo palpitero brasileiro. Infelizmente, ele sabe apenas espalhar opinião e sequer se preocupa com aqueles que não concordam com o que ele determina. Também, não está preocupado com o bem comum, esse é um princípio da dialética marxista, consagrada como origem da filosofia moderna. Antes de tudo, Marx era um filósofo perseguido cruelmente por ser judeu e considerado, juntamente com seu parceiro de filosofia, Engels, pessoa não grata pelo império da Prússia (tirano imperador Frederico Guilherme V, um republicano liberal), porque lutava através da filosofia pela igualdade de classes. Já, o brasileiro em questão, é autor de livros sobre opiniões de cunho "científico" bastante duvidoso, por ser ensaísta, por não aceitar debate dentro da academia sobre suas opiniões, sobre suas ideias, que por ter condições financeiras consegue publicar. Infelizmente, eu considero um atraso vergonhoso pro Brasil considerar esse homem uma pessoa digna de opinar sobre qualquer assunto da nossa realidade histórica.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

JULIANA

Cavalgando com suavidade
Lentamente,
umedecida,
olhos fechados
e os cabelos no rosto
Deslizando com vontade
Subindo,
descendo
ao ritmo da nossa respiração

Ela descansa a cabeça
no meu ombro
Mas logo se ergue,
se empina
e continua
Suas mãos se apoiam
no meu peito
Ganha força,
ritmo,
intensidade

Feito uma águia selvagem
ela parece voar
por cima da cama,
por cima de mim
É uma fera incontrolável
que me doma,
me engole
E eu, totalmente entregue,
sou a sua presa.

( Cleydson Ramones )

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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Eduardo Bolsonaro: “Eu começo a ‘entender’ a importância da figura masculina na vida de uma mulher quando minha ex-namorada que já se declara feminista é vista em uma balada LGBT acompanhada de um médico cubano, usando uma roupa vulgar e, como se não bastasse, rebolando até o chão. E ainda posta isso na internet, como se fosse uma atitude louvável. Lembrando que antes do feminismo ela andava com roupas discretas, não rebolava até o chão, e namorava comigo. ;) #FeminismoÉDoença”

Patrícia Lélis: “Eu comecei a entender a importância do feminismo quando fui abusada por seu amigo de partido e você me pediu para ficar calada, mesmo sabendo que era verdade e me vendo machucada fisicamente e psicologicamente. Foi daquele dia em diante que eu comecei a entender o feminismo. Até então eu aceitava as suas grosserias, abusos e traições. Foram 3 anos e 8 meses em um relacionamento abusivo. Eu estou percebendo que tudo na vida evolui, menos você. Falta de elegância ficar pedindo para terceiros te passarem informações sobre onde e com quem estou. Você consegue desrespeitar até mesmo pessoas que você nunca viu na vida, menosprezando e desvalorizando o próximo. Sabe qual foi o principal motivo que nos levou ao término? Eu descobrir que eu sou dona de mim, descobrir que sou um ‘mulherão da porra’, e quando descobri isso, você ficou com medo. Moleques não aguentam mulheres fortes. Só para terminar esse post: esse médico cubano que você tentou menosprezar nesse post, além de ser um baita ‘homão da porra’, me leva pra balada, não reclama das minhas roupas e maquiagem, dança comigo, e cá entre nós: tem uma ‘pegada’ que você nunca teve na vida. Beijo, Eduardo. E vê se para de me ligar e mandar mensagens dizendo que tá com saudades, tá chato já!”

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Incondicionalmente amar de novo

A inspiração para que possamos recomeçar não está colocada onde queríamos. Ao contrário disso, ela sempre nos pega de surpresa, nos toma para si feito uma chuva repentina acalmando o ardor de tantas incertezas.
Recomeçar, então, é encarar as dúvidas, as dívidas e as reticências. Não há como não ter perguntas e anseios sobre o futuro, não há como esquecer que já errou tanto por ser ingênuo. Duvidar é acreditar no próprio eu do presente perdoando os erros que se foram, almejando alento no porvir.
As promessas vão sendo deixadas de lado e ficamos devendo algumas explicações incoerentes e outras reflexões que chegarão na hora exata. São dívidas que ficaram de ser pagas e nós deixamos de cobrar por pura vontade de seguir pra nunca mais voltar. São as nossas desculpas esfarrapadas livres, leves e soltas.
Enfim, restam solenes as continuidades soberanas. Sim, a vida continua mesmo que quiséssemos estagná-la! Não, não há como remediar os três pingos de vida que seguem sem nos deixar pedir "licença pode me esperar". Vida que segue que chama, né?
É! A vida não deixa de ser companheira do tempo, passando por entre os dedos divinos e escapando feito menina liberta, livre para re(a)mar. Em uma rota de tempestades no mar, tememos continuar. Amar é persistir mar adentro, em mar aberto,  amar e pronto.
 Não, amar não é de erro, não há equívoco. Se errar por isso, perdoe-se imediatamente, e jamais se arrependa de recomeçar a acreditar no amar da vida. Não há como viver sem recomeçar quantas vezes for preciso para reaprender, reinventar. Reamar é amar quantas vezes for indispensável por ser de amor movido.
A inspiração para que possamos recomeçar não está colocada onde queríamos. Ao contrário disso, ela sempre nos pega de surpresa, nos toma para si feito uma chuva repentina acalmando o ardor de tantas incertezas da vida.
Recomeçar, então, é encarar as dúvidas, as dívidas e as reticências. Não há como não ter perguntas e anseios sobre o futuro, não há como esquecer que já errou tanto por ser ingênuo, duvidar é acreditar no próprio eu do presente.
As promessas vão sendo deixadas de lado e ficamos devendo algumas explicações incoerentes e outras reflexões que chegarão na hora exata; são dívidas que ficaram de ser pagas e nós deixamos de cobrar por pura vontade de seguir pra nunca mais voltar.
Enfim, restam as continuidades soberanas. Sim, a vida continua mesmo que quiséssemos estagná-la! Não, não há como remediar os três pingos de vida que seguem sem nos deixar pedir "licença pode me esperar"... Vida que segue que diz né?
É! A vida não deixa de ser companheira do tempo, passando por entre os dedos divinos e escapando feito menina livre, liberta para de re(a)mar. Amar não deve ser um erro. Se errar por isso, perdoe-se imediatamente, e jamais se arrependa de recomeçar a acreditar na vida. Não há como viver sem recomeçar quantas vezes for preciso para aprender a amar.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Até um dia desses éramos os que ajudavam a construir o futuro da nação, agora somos os maiores inimigos. Somos "inimigos" da família de bem; "opositores" do governo de bem; "adversários" da empresa de bem; "rebeldes" contra a ideologia de bem; "revoltados" contra a igreja de bem. Somos do mal, do contra e do lado avesso. Até um dia desses éramos os que deveriam ser respeitados, os que deveriam ser abraçados pelo tamanho da responsabilidade que temos maior do que cuidar da nossa própria família. Agora somos os que devem se calar ou repetir o que o livro escolhido por eles disser. Seremos papagaios de estimação????? Querem uma legião de pessoas sem criticidade andando pelo mundo a esmo??? Querem sucumbir a alma de um povo???? A alma é a capacidade de sentir, de se indignar e de se contrapor ao que considera injusto. Se a educação não desenvolver a criticidade, QUEM FARÁ? A TV? A INTERNET? AS FAKENEWS??? A SUA TIA APOSENTADA QUE JÁ NÃO LÊ NEM MAIS PALAVRAS CRUZADAS SÓ olhando bobagem no wtsp??? Fomos largados. Eu já sinto o peso. Irei resistir. E mesmo que me tirem os livros, não conseguiram tirar o conhecimento tatuado no meu corpo e na minha mente. Educarei independentemente de tudo. A luta é por uma nação de gente e não de zumbis!

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O que eles querem é bloquear qualquer forma de liberdade garantida. A única "liberdade" que eles aceitam é a liberalidade, isto é, o princípio liberal tal qual os clássicos desse pensamento preconizavam,  Smith, Locke, Stuart Mill. Nada de liberalismo soa como liberdade, nem mesmo quando garante os direitos individuais. Por isso que devemos nos cuidar bastante. O liberalismo estipula o que e como é ser "livre" e garante que seja de fato apenas "liberado". Quem regula essa lei? O pensamento dos donos do meio de produção. E está liberado apenas aquilo que pode ser consumido. Daí o princípio falho do senso comum "o dinheiro traz a felicidade".