Ela simplesmente não vai acontecer
Eu tô indo embora mais um vez
A hora de chegar foi tão natural
Mas a de partir não vai ser
Não queria dizer adeus
Mas ela foi dizendo antes
E eu nem li
Nem notei
nos meus devaneios
nos meus devaneios
Nas minhas burrices
Espantei ela da janela do mundo
Ela fugiu mesmo
Como disse desde sempre
Mas algo dela ainda persiste
Mas sua sombra, sua vagueza
Sua imagem na minha tela
Não são ela
São minha mente
Impondo um presente
Que não existe
Eu conheço suas armadilhas
Querida razão doente,
Não me derrube de novo
Os voos estão proibidos
Mas eu tenho que prosseguir
Uma queda deliberada
No olhar dela sobre a gente
No falar dela sobre o mundo
E eu caminho incoerente
Cega mente tenho
Busco uma inspiração
Encontro um muro
Em minha frente, enfrentar
Não tem por quê
Eu sou um passarinho no ar
Nem sei como pude sobreviver
Vou dizendo muito obrigada
Por mais uma chance
Vida, sua boba
Eu compreendi
- Adeus, agora
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA