terça-feira, 13 de novembro de 2018

A inspiração para que possamos recomeçar não está colocada onde queríamos. Ao contrário disso, ela sempre nos pega de surpresa, nos toma para si feito uma chuva repentina acalmando o ardor de tantas incertezas da vida.
Recomeçar, então, é encarar as dúvidas, as dívidas e as reticências. Não há como não ter perguntas e anseios sobre o futuro, não há como esquecer que já errou tanto por ser ingênuo, duvidar é acreditar no próprio eu do presente.
As promessas vão sendo deixadas de lado e ficamos devendo algumas explicações incoerentes e outras reflexões que chegarão na hora exata; são dívidas que ficaram de ser pagas e nós deixamos de cobrar por pura vontade de seguir pra nunca mais voltar.
Enfim, restam as continuidades soberanas. Sim, a vida continua mesmo que quiséssemos estagná-la! Não, não há como remediar os três pingos de vida que seguem sem nos deixar pedir "licença pode me esperar"... Vida que segue que diz né?
É! A vida não deixa de ser companheira do tempo, passando por entre os dedos divinos e escapando feito menina livre, liberta para de re(a)mar. Amar não deve ser um erro. Se errar por isso, perdoe-se imediatamente, e jamais se arrependa de recomeçar a acreditar na vida. Não há como viver sem recomeçar quantas vezes for preciso para aprender a amar.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA