terça-feira, 20 de novembro de 2018

JULIANA

Cavalgando com suavidade
Lentamente,
umedecida,
olhos fechados
e os cabelos no rosto
Deslizando com vontade
Subindo,
descendo
ao ritmo da nossa respiração

Ela descansa a cabeça
no meu ombro
Mas logo se ergue,
se empina
e continua
Suas mãos se apoiam
no meu peito
Ganha força,
ritmo,
intensidade

Feito uma águia selvagem
ela parece voar
por cima da cama,
por cima de mim
É uma fera incontrolável
que me doma,
me engole
E eu, totalmente entregue,
sou a sua presa.

( Cleydson Ramones )

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA