Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
É um afronte indiscutivelmente racista e apologista. A família dessa ex BBB teve símbolos nazistas e supremacistas brancos associados às suas marcas e produtos. Chega a ser chocante imaginar que este brasil, minuscularizado do fascistoide, tenha esse tipo de abuso por parte do "direito à publicidade ". É um deboche nojento e deveria ser até criminalizado, caso houvesse em nosso país uma legislação exemplar reguladora de propagandas, mas o Lobby que sustenta a elite política brasileira não deixa. Se não é o "grande irmão " de 1984, do George Orwell, nem sei a quem comparar...a "mão invisível do mercado"...
imunidade eleitoral e NÃO "impunidade "...atenção ao tema já!
Toda atenção e cuidado sobre a lei de "imunidade eleitoral"
Qualquer pessoa que for observada em FLAGRANTE DELITO, isto é, qualquer crime INAFIANÇÁVEL" (como RACISMO, por exemplo, Lei n°7716/89) será presa sim; bem como autoridades que DESOBEDECEREM "SALVO-CONDUTO" para o qual a "imunidade " não está prevista, então, também poderá ser essa autoridade detida.
Então, cuidado com FAKE NEWS e com o desdobramento natural da ignorância sobre uma regra social que pode gerar a SENSAÇÃO DE BARBÁRIE, posto que todos estarão "favorecidos" em não serem presos.
Ainda quero reiterar: o Brasil é um país vergonhosamente racista e classista, portanto, é indispensável que seja conduzido de modo TRANSPARENTE o cumprimento dessa legislação, em especial às candidaturas de pessoas negras e representantes de "minorias" políticas.
Porém, não se pode esquecer do contexto perigoso em que nos encontramos todas as pessoas no Brasil durante este período eleitoral absurdamente vulnerabilizante. Por tudo isso, vamos votar com TRANQUILIDADE, RESPEITO, DIGNIDADE E GENEROSIDADE.
A PAZ, embora seja um trabalho coletivo, EXIGE UMA HUMANIDADE única e característica de quem exerce o direito de ser humano TODO DIA em si e para TODOS.
domingo, 25 de setembro de 2022
falta de consciência de gênero = patriarcado ou violência patriarcal
Esse posicionamento que às vezes coincide com alguma frase curta não explicada relacionada ao feminismo, por exemplo "meu corpo minhas regras" ou "não monogamia " ou "liberdade sexual feminina", resulta da heteronormatividade que subjetiva, em especial, mulheres com cisheterossexualidade autoafirmativa. Não é somente chamado de "feminismo liberal", também pode ser diretamente definido como "feminismo branco ou brancocêntrico" que reproduz a lógica do dominador/opressor diante de uma automisoginia "inconsciente ", ou alienação patriarcal ou ainda ausência de consciência de gênero - tal como se vê na falta de consciência de classe. Algumas leituras são super interessantes para autoproteção e autocuidado contra essa subjetivação muito agressiva e violenta mesmo: "A criação do patriarcado ", da Gerda Lerner; " A liberdade é uma luta constante ", da Angela Davis; "Saúde mental, gênero e dispositivo " da Valeska Zanello. Porque não é exatamente sobre "alimentar" ou não o "prazer maschista". É exatamente sobre NÃO MAIS EXERCER SOBRE SI MESMA E SOBRE OUTRAS MULHERES A VIOLÊNCIA ESMAGADORA que é o "dar prazer " ao patriarcado (que não tem gênero) enquanto uma mulher está sendo submetida a uma violência e uma violação sobre sua sexualidade e sobre o seu próprio corpo.
Super válido tudo, mas acredito que chamar de liberal engloba todas as outras questões.
Em um mundo capitalista, que é dominado por homens cis, brancos e héteros é natural que os discursos, mesmo que o feminista, sejam adaptados e moldados pra eles.
O capitalismo é capaz de vender qualquer coisa, inclusive militância.
Essa de "meu corpo minhas regras" é o slogam das estratégias comerciais que envolvem empoderamento feminino.
A gente tem que tá afirmando o tempo todo que o feminismo liberal é perigoso, seduz jovens que vão se expor em um mundo que ainda é perigoso pra elas, facilita a vida do agressor e dificulta ainda mais a nossa.
E pra isso precisamos facilitar ainda mais o discurso quando falamos de feminismo, mesmo entendendo que o assunto é mais complexo. Porque afinal a finalidade é que toda e qualquer mulher compreenda o espaço que ocupa na sociedade.
Dependendo do público alvo é indispensável deixar muito prático mesmo o que é feminismo sem descartar as diversas visões desse saber. Em um lugar de conversa entre manas, precisamos mesmo instrumentalizarmos-nos. Entre manas vizinhas, em uma roda, dizemos sobre o cuidado com o carinha que se faz de "desconstruído", por exemplo, ou àquele esquerdo macho que só gosta do rolê não mono quando a mana não é a namorada "oficial " dele, aquela que ele apresenta "pra família " e tem uma relação de "monopólio " sexual sobre ela. Porém, é preciso falar abertamente sobre o que já existe de livros, vídeos do YouTube, podcast para que mulheres como eu e você e quantas mais de nós o possível possam se proteger e proteger umas às outras. Como já ensina a Audre Lorde em "Irmãs outsider": " silêncio no patriarcado é a voz da cumplicidade ", pois falar e não calar, nem a si mesma e nem outra mana é instrumento de combate à violência de gênero que nos fere, nos explora, nos abusa, nos agencia, nos derruba, nos mata. É para não mais ver mulheres caladas diante de homens exploradores, estupradores, abusadores e violentos que eu me posiciono.
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
a branquitude da capes e do diploma pira
Violência simbólica por meio de epistemologias , como eu chamo, brancocentradas ou eurocêntricas são sempre muito racistas, sempre mesmo. Além de tudo, há uma forma bastante comum ao patriarcado da ciência liberal e neoliberal: dominante (dominador = opressor) e dominado (colonizado, escravizado, desumanizado, reificado). Note que o outro, na "análise" eugênica dele, é um objeto a ser "manipulado", abstraído (retirado do meio e tornado isolado), um outro a ser controlado mesmo. Biopolítica e teorias sobre epistemicídio são as chaves interpretativas e metodológicas para desarmar esse tipo de "teoria". Eu prefiro Milton Santos em "Técnica, espaço, tempo"; Rita Segato "Crítica da colonialidade em oito ensaios"; antropólogos e demais estudiosos anticoloniais... essa visão é uma doutrina racista e mantenedora de violências irreparáveis às várias nações e etnias arrasadas pelos europeus.
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
reducionismo e doutrina "feminista"
Sabe, gente, sexo é uma nomenclatura "biológica " criada pelo patriarcado que é a própria invenção da ciência em oposição ao conhecimento, aos saberes e às experiências. Toda vez que temos de escolher entre a "representação" genitalista fazemos alienadas pelo patriarcado. Se sexo ou é masculino ou é feminino, me explica a intersexualidade, descrita na humanidade desde os primórdios do pensamento analítico sistematizado no que a historiógrafa (FEMINISTA) Gerda Lerner identifica como Antigo Oriente Próximo (2.600 ac). Infelizmente, falta muuuuuuuuita leitura para determinadas "visões " de mundo serem minimamente críticas e enriquecedoras de debates CONSISTENTEMENTE aperfeiçoadores da experiência de existir no mundo, olha. Às vezes, certas obviedades precisam ser EXAUSTIVAMENTE repetidas mesmo nos grupos mais "instruídos " ( por privilégio mesmo) na nossa sociedade.
Carlota Philippsen as pessoas intersexes com as quais me relaciono afetivamente, incluindo um namoro com uma e amizades com outras, sempre criticam o binarismo "biológico" e imposto pela medicalização que é um instrumento instucionalizado da biopolítica e do controle patriarcal de corpos. Eu realmente não sei qual é a dificuldade de compreender que útero, vulva, ovários não são a definição absoluta de uma mulher. Do mesmo modo que não se define um homem porque este tenha ou não pênis, sacro escrotal e próstata. Vejam que esse "formato" que é antes de tudo um paradigma é sintoma inegavelmente do patriarcado, que é a violência do machismo. Machos é fêmeas são identificações de diversos seres vivos, incluindo plantas, insetos e até alguns helmintos. Sendo a "diversidade", nessas circunstâncias de vida na terra, uma referência constante, analisada em menor número porque a amostragem da ciência em escala industrial é por "produtividade " e não por referência circunstancial. Não é possível que em 2022, em pleno século 21, ainda tenhamos que explicar, desdobrar, ensinar, didatizar e "educar" conscientizando pessoas que têm TODA A OPORTUNIDADE DE LEREM (comprar livros, baixar DE GRAÇA pela Internet PDF de estudos atualíssimos sobre o tema, entre tantas e tantas outras formas de APRENDER MELHOR SOBRE UM TEMA). Sair, por favor, da bolha do assunto que se "gosta", que se tem "afinidade " é uma VACINA contra o negacionismo de um saber, de uma ciência e de uma humanidade a partir da antropologia, não do antropocentrismo que é doutrina dos século 18-19, do PASSADO. Enxergar a ciência, as pesquisas, os estudos para além de uma frase, um livro, um mesmo grupo de conversa "de sempre" é aprendizado vivo. Sair fos mesmos autores de sempre, da mesma doutrina ( como se vê o uso indevido da psicanálise e de outras informações provenientes de "pseudociência"). Gente, estamos para além da interpretação errônea de que "tornar-se mulher" é um tipo de "destino". A Simone de Beauvoir era metodologicamente EXISTENCIALISTA, jamais compactuaria com o determinismo do inatismo que deram para uma frase RETIRADA DO CONTEXTO DE UM LIVRO COM VÁRIOS VOLUMES e muitas outras obras como se faz cinicamente hoje em dia. Eu me recuso a calar, a ser silenciada, por um tipo de IMPOSIÇÃO pseudofeminista. Ser mulher não se contrapõe diretamente ao "oposto" único de ser homem. Já podemos ir para a realidade não HETEROSSEXUAL ou como eu chamo "heterodeterminada" que é o heteropatriarcado e passar para o que é indispensável HOJE.
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
ser um, mas não ser só, já que estamos em uma multidão SEMPRE
Angela Davis em "A liberdade é uma luta constante " faz exatamente esse percurso analítico ao se referir a "mártires" de lutas sociais, tais como Martin Luther King, Nelson Mandela e outras "personificações" de ídolos ou "símbolos". Ela refere a isso uma redução proposital de manifestações COLETIVAS, pensamentos comuns (no sentido de comunitários), limitando lutas gigantescas a ícones muitas vezes FORA DA HISTÓRIA, de um contexto e da própria realidade; assumindo assim um papel de "fantasia" para que não se torne comum certas práticas, naturalmente grupais. Daí que eu trouxe a reflexão da Davis para que seja necessário deixar de "personalizar" demais alguns propósitos coletivos a fim de naturalizar a certeza de que qualquer uma pessoa pode assumir iniciativas de lutas coletivas rotineiramente, mesmo sem a repercussão pública; garantindo que somos todes, todas e todos comuns em uma multidão, entre errantes, aprendentes e falhos sem qualquer exceção.
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
racismo de cada dia (escondido na branquice de sempre)
Tanto pra ele aprender sobre os AMERÍNDIOS pré-cabralinos, daqui da América do SUL, dos povos originários do nosso IMENSO E RIQUÍSSIMO BRASIL...a flor da relva encantada, que mora dentro do way que ele toma, deu esse importanticíssimo conselho "brancológico", famoso racistinha metido a "nórrrrrrrrrrdico" e "ancestral de branquice", com Saturno na astrologia de meme dele em "EU SOU BRANCÃO"... o lobo escuro é ruim...ALÉM DE BURRO o encardido é racista...vontade🤢 de VOMITAR OLHA🤮🤮🤮🤮🤮 só vi o começo e depois queria conseguir mandar uma maldição marota pra ele onde quer que ele infelizmente exista...e fábula é o c@ralh0 da onde ele veio...fábula é gênero textual onde SÓ ANIMAIS SÃO PERSONAGENS, como se fossem humanos, então, se diz que é um conto da figura de linguagem prosopopeia ou personificação (sendo ÁPOLOGOS com personagens objetos e não gente)...é CONTO "de fadas" porque é da branquice eurocêntrica do inferno... que bolo de merda esse, olha
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
de si,< lei>t/dura=?
Existem muitos dispositivos que influenciam na subversão e na contravenção do paradigma. A leitura, realmente, parece mesmo ser um deles, quando inclusive olhamos para nossas próprias experiências de vida. Ainda assim, fico sempre me perguntando - na vivência em uma cidade do interior do nordeste do Brasil - como existe a transgressão ainda que em ambientes sem o costume da leitura, sem a cultura proveniente do letramento intelectualizado. E existe. Nesse contexto, eu me vejo diante de uma provocação freireana acerca da leitura de mundo, posto que Freire deixa claro, "A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto". Uma visão dialética em que a representação do mundo forja até mesmo os sentidos encontrados através da leitura. Então, como é constante no materialismo dialético de Freire, se encontra o ato de ler, o trabalho da leitura que se inscreve na historicidade das narrativas, desvelando subjetividades e subjetivações. A nossa leitura nos desvela, nos desnuda e nos narra. De modo que as representações provenientes das leituras sobre Marx hoje jamais poderão ser confundidas com as originadas na contemporaneidade do próprio autor, portanto, nem mesmo Marx se leria hoje, como o fez anteriormente. O mundo da leitura, assim, me parece uma impressão da leitura que o mundo tem de si. Eu gosto das provocações freireanas sobre a experiência subjetiva de inteligir a realidade através do espelho de si. Afinal, o mundo não é nada a mais do que se pode ver dele por si. Como diria Wittgenstein "os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo", e aos que desejam a subversão nenhuma leitura é dona dos sentidos porque estes podem ser selvagens.
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