sexta-feira, 16 de setembro de 2022

ser um, mas não ser só, já que estamos em uma multidão SEMPRE

Angela Davis em "A liberdade é uma luta constante " faz exatamente esse percurso analítico ao se referir a "mártires" de lutas sociais,  tais como Martin Luther King,  Nelson Mandela e outras "personificações" de ídolos ou "símbolos". Ela refere a isso uma redução proposital de manifestações COLETIVAS, pensamentos comuns (no sentido de comunitários), limitando lutas gigantescas a ícones muitas vezes FORA DA HISTÓRIA,  de um contexto e da própria realidade; assumindo assim um papel de "fantasia" para que não se torne comum certas práticas, naturalmente grupais.  Daí que eu trouxe a reflexão da Davis para que seja necessário deixar de "personalizar" demais alguns propósitos coletivos a fim de naturalizar a certeza de que qualquer uma pessoa pode assumir iniciativas de lutas coletivas rotineiramente,  mesmo sem a repercussão pública; garantindo que somos todes, todas e todos comuns em uma multidão,  entre errantes, aprendentes e falhos sem qualquer exceção.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA