O mal do indivíduo que defende o capitalismo é pensar que a humanidade depende de dinheiro para viver. Não se defende mais a vida das pessoas, mas somente o "direito" de produzir. A alienação é uma forma de suicídio, faz parte da estrutura cultural capitalista indiscutivelmente genocida, Marx comentou a relação de necropolítica da vida privada nesse sistema desumano. Saramago também demonstrou o poder dessa "máquina" em desumanizar a gente. A era bolsonazi brasileira mascarada pela defesa do "bem" maior (capital) não está mais debaixo de máscaras. Defender esse discurso é banalizar a violência contra a própria humanidade coletiva e intrínseca. Muitos fascistas se empenharam na mesma direção, como exemplificou Hannah Arendt em "Eichmann em Jerusalém". O mal é a desumanidade que nos faz nos distanciarmos do que é ser humano e nos aproximarmos de "máquinas da produtividade". Para mim, está mais do que na hora de defendermos a ideia de ser humano, que não é natural. Precisa ser reinventada, mas também ensinada, transmitida e valorizada urgentemente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA