quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

de blef em blef o dispositivo de gênero mata mais mulher do que supõe a vã história do sexo famosinha

Dividir a conta do motel NÃO TEM NAAAAAAADA A VER COM A EMANCIPAÇÃO FEMININA, querida pesquisadora... Seus anos de intencionalidade na pesquisa sobre história da sexualidade AINDA NÃO LHE MOSTRARAM QUE A CONTA DA paternidade quem paga são as mães? A conta da pressão estética quem paga NÃO É A CLIENTELA mas a imensidão de mulheres NAS FARMÁCIAS em busca de psicofármacos? A conta da maternidade QUE É A PRÓPRIA VIDA DA MULHER QUEM PAGA É A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO que é funcionamento das mulheres na sociedade e do controle de seus corpos!!!! Sabe o que está lhe faltando são OUTRAS LEITURAS, sugiro NA ORDEM:
- GERDA LERNER, a criação do patriarcado
- VIRGÍNIA WOOLF, Um teto todo seu
- SILVIA FEDERICI, Calibã e a bruxa
- AUDRE LORDE, Irmã outsider
- ANGELA DAVIS, A liberdade é uma luta contínua
- GRADA KILOMBA, Memórias de plantação...

O que a senhora diz nesse blef não é opinião e nem atitude... é uma vergonha sem qualquer endosso CIENTÍFICO... que o ano novo lhe traga mais vergonha na cara...e mande o Freud ir pro inferno

domingo, 5 de dezembro de 2021

os caras vagabundos que sentam na costa das mulheres

Eu conheço 3 mulheres com esta mesmíssima história:
Conheceram um cara maravilhoso e foram morar com eles (há variações que não mudam o enredo: um já tinha 2 filhos, um de cada ex; uma das minas foi morar junto sem casar, outra noivou e casou no papel antes). O fato é que: os caras nunca curtiram muito trabalhar. 
Todas essas minas tiveram ume filhe com seus respectivos caras maravilhosos. Invariavelmente todas acharam que eles iriam tomar jeito, arrumar empregos, dar um jeito na vida, e que isto não tinha acontecido antes porque as ex deles eram loucas ou porque eles AINDA não tinham amadurecido, o que iria acontecer agora. Pois bem, invariavelmente nenhum arrumou emprego ou renda fixa. Invarialmente todas sustentaram estes sujeitos por muitos anos (uma por 5 anos, outra por 7 e outra por 4), além de sustentarem sues própries filhes e trabalhar e enlouquecer. E bem, todas finalmente e felizmente deixaram os caras.
Adivinha o que acontece depois? Sim, todos eles arrumaram outras mulheres, que provavelmente vão sustentá-los por alguns anos antes de entenderem que são uns embustes e que nenhuma carência vale ser preenchida com alguém que vai sugar seus recursos financeiros, emocionais ou materiais (às vezes todos estes juntos). 

Daí que uma amiga já na casa dos 30 e tantos desabafou comigo um problema: o pai dela, já bem idoso, que estava casado com a madrasta dela foi chutado de casa e não tinha onde ficar, ela estava com medo de ter que sustentar o cara. Motivo: nunca trabalhou e estava velho e folgado demais. Enfim, direito da madrasta se cansar, certo? Eu diria que ela aguentou bastante: 20 anos sustentando o cara. E ele ainda disse "não sei o que eu fiz pra merecer isso". Oras, não foi o que fez, foi o que NÃO fez: trabalhar. Resultado: ele foi morar num dos imóveis cedidos pela irmã, que também passou a dar uma mesada pra ele. A última vez que tive notícias soube que ele estava reclamando que a irmã não pagava uma empregada doméstica.

Entenderam a moral da história, mulheres do meu face? São várias: 1) Eles são vagabundos, irresponsáveis, parasitas e sanguessugas e nunca vão mudar porque sempre vai ter uma mulher estável e carente ou com culpa cristã suficiente para carregá-los nas costas;
2) Parem de minimizar ou passar pano! "Ah, coitados, precisam de terapia." "Ah, coitados a ex era louca, eles vão encontrar o rumo." "Ah, coitados, é o desemprego no Brasil". Não, não são coitados, são parasitas; escolheram um estilo de vida: se pendurar nas mulheres com quem se relacionam;
3) Golpe da barriga deveria se chamar Golpe do "sou vasectomizado", Golpe do "eu broxo com camisinha" (insira um golpe MASCULINO aqui). Nunca que uma mulher ganha nada tendo filho. Nunca;
4) Quanto antes desconstruir a ideia de família tradicional, melhor. Não te falta nada se não tiver um homem, mulher! Bora aprender a dar vazão às nossas carências sem precisar de homem. Mesmo que você seja hétero! Tem gente que passa a vida toda com pouco acesso a dinheiro, à água, por que você acha que não vai viver sem homem? Não deixa a carência te meter numa furada!
5) Pra parar por aqui: identificou o perfil no teu boy? Ele tá passando mais tempo na tua casa que na casa dele sem pagar no mínimo metade das contas? Tem um perfil dependente, cachorro que caiu da mudança? Um dia esqueceu uma escova e agora já tem uma gaveta só pra ele sem definirem os termos? PULA FORA enquanto é tempo e pára de ser trouxa, porra! Se você está namorando um cara e ele não tem emprego, não tem casa, não se sinta na obrigação de ajudar! Ele não é seu filho, você não tem que adotá-lo. Tem muitas formas de uma relação ser abusiva: não é só traição ou violência. Se a relação tá pesando nas tuas costas precisa refletir!

Tô editando porque lembrei de mais duas morais pra essa história:

6)Eles NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA irão mudar. Não se iluda.

7) Esse tipo de embuste está tanto na direita quanto na esquerda. Nada mais parecido com um machista de direita que um machista de esquerda. ok? PEGA ESSA VISÃO.

MISOGINIA como forma de subjetivação

E não é heterossexualidade isso, não... é a heteronormatividade compulsória que todo dia prega na cabeça de tantas mulheres (através de toda a indústria cultural do patriarcado) que ela é um vazio sem macho. Te digo porque sei que, veja a LOUCURA, até mesmo algumas análises psicológicas são fundamentadas 🤦🤦🤧🤧🤦🤦😤😤😤😤 na ideia VIOLENTA de que a mulher seria um vazio preenchido por homens... Uma bruteza de estupro cerebral que faz a MISOGINIA ser a subjetivação mais forte na heterossexualidade compulsória, sabe. Mulher que odeia a mãe por causa de macho. Que disputa com a mãe a vida inteira por causa de macho, que nem ela e nem a mãe merecem ...disputam não no sentido sexual biológico e material, mas no sentido PSÍQUICO. Não é uma verdade esse tipo de "interpretação da psiquê" humana , mas no mundo da MISOGINIA faz mais sentido do que COLABORAR entre mulheres. Faz mais sentido do que amar a própria mãe, a própria vida e os próprios propósitos. Tudo atrás sempre do homem...do eu que é além...daquele que provê...daquilo que será o redentor...menina, é uma lástima saber e conviver com mulheres tão misóginas que violentam a si e às outras mulheres a sua volta, como por exemplo a própria mãe. Cruel, olha ...cruel.

sábado, 4 de dezembro de 2021

Cansada de ser chamada de "agressiva", "doida", "histérica", "amargurada"...
Eu APENAS sinto raiva, ódio e FUUUUUURIA...
AH, MEU AMOR, e a FÚRIA não controlo não...
Não me peça para ser bebezinha, meiguinha e delicadinha.. eu me ENCARALHO também ..
Por favor, me deixe ser gente...e me poupe se poupe...e NÃO MEXA COM A MINHA VIDA...que eu posso ser pequena, mas sou onça.
Eu também sei ser REVOLUÇÃO antes do que seus olhos possam até imaginar...
ME ERRA, senão aguenta.

eu-leitora

Quando eu era criança, os livros eram uma cabana para minha infância...um abrigo, sabem como é?
Era onde eu guardava a fantasia de poder explorar um mundo incrível e cheio de coisas inimagináveis. Era além de cabana, além de abrigo, além de tudo...um baú. Os livros eram meus tesouros de pequenina pirata. Eu sonhava porque lia. Eu não sonhava às noites. Eu sonhava enquanto lia. 
Na adolescência, descobri que os livros eram amigos também. Eles ouviram além de falarem. Antes de tudo, os livros gostavam de me escutar. Eu nem abria a boca, mas os livros escutavam meus pensamentos. Só eles para compreenderem tantas invenções de menininha ainda que eu sempre tinha. Eu carregava a minha bolsa imaginária, invisível. Nela eu guardava tesouros...eram os livros que eu já carregava desde a infância na minha bagagem de vida.
Lia, lia, lia. Talvez eu já falasse demais assim como vocês me conhecem...mas muito mais do falar...eu lia. E eu escutava o mundo da biblioteca que minha vida já carregava. Eu leio desde que nem falava. Eu lia quando era bebê e mamãe me carregava, vovó me embalava na rede estendida na sala, papai me acompanhava com olhos risonhos, todos viam o quanto eu lia sem sequer compreender UMA PALAVRA. É que ler é maior que o alfabeto das letras, fonemas e frases. Ler o alfabeto da vida foi-me ensinado ainda quando mamãe me gestação, do ladinho da minha irmã gêmea. A gente nasceu leitora de mundos. Meninas que lêem mais do que papel carrega, a gente lê mais do que a visão das coisas indicava.
Cresci somente como leitora, afinal eu sou baixinha e braba. Sim, mesmo sendo uma mulher pequenina e aparentemente meiga, eu sou braba. Quem me conhece sabe quando as palavras me escorrem feito cataratas...eu trovejo também. Eu sou pequena mulher onça. Onça urbana e domesticada, que lê (se me permitem a autometáfora).
Cresci leitora. Alcei voos de águia das palavras, mas escuto ainda os livros da infância, escuta ainda as vozes da adolescência. Eu sou tão amada por meus amigos da leitura. Nos conhecemos desde que nascemos juntos. Espero que nosso fim não seja senão repleto dessa leitura inteira de vida que me acompanha nas lutas, nas manhas e na garra. Enfim, ser uma mulher da leitura, ela é meu sobrenome, trouxe-me até aqui, nessa última linha, até o ponto que nunca acaba.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

qual seu lado favorito da cama?

O teu

invisível belo ser

Um belo na frente do invisível
Deitei 
Fechei olhos. Ouvidos. Consensos.
Abri os pulmões.
Queria ser invisível e ver.
Ver a beleza indizível...apenas ver
Não queria decifrar nada.
Não queria compreender nada.
Vão
Vazio
Não
Talvez
Incerto
Decerto eu não seria
Sentia
Tocando o mundo em mim
Mente?
Mente muito o que explica
Mente pra dentro: vultos
Mundo a fora: mundos
Mudo o tempo
Muda a certeza
O tudo caiu
O que veio depois 
É o que quero ver.

pequenina maria Elis...histórias de maria

Dani Batista acho lindo ouvir histórias de mães sobre suas crianças. São tão criativas, tão inteligentes, cheias de brincadeiras imaginárias. Eu sei que por acreditarmos em várias "justificativas", por darmos muitas "respostas para tudo", porque somos adultos, costumamos querer entender e decifrar, ou pior definir o que as crianças pensam, fazem e inventam. Porém, não é preciso. Leve a Maria Elis SEMPRE MUUUUUUUUUUUUITO A SÉRIO. Ela será uma mulher tão falante, tão inteligente, tão criativa que você tende a ser SURPREENDIDA pelos feitos dela, mas não precisa se preocupar. Abrace a criatividade dela sempre que puder. Brinque com ela. ESCUTE SEMPRE O QUE ELA DISSER. Escutar sua menina pode ajudar a resolver situações de assédio, abuso e demais violências que podem fazer com que ela seja vítima ou sofra efeitos perigosos, simplesmente por ser uma pequenina mulher. Então, abrace sua menina. Escute ela. Converse com ela. Não quero lhe dizer o que ou como fazer. Você é A MÃE mais maravilhosa eu tenho certeza que essa bonequinha pode ter. Que sorte, que benção, que felicidade ela tem em ser sua filha, viu. Busque mesmo no abraço dela o sossego para as perguntas de adulto bobo do seu coração viciado em explicar. Abrace ela e deixa que ela te conte o mundo inteiro dela. Conte o seu. Conte sobre seu trabalho. Conte a vida. Conte a mulher tão maravilhosa que você se tornou ao longo dessa jornada. Conte sobre as mulheres extraordinárias da sua família. Mulheres que desde dona Conceição são RESISTENTES, PERSISTENTES, FALANTES, CORAJOSAS E MUITO INTELIGENTES. Ah você vai amar ouvir essa vozinha de criadora, de narradora, de inteligente que ela tem pra te presentear a alma, os ouvidos e o dia inteiro. A Maria Elis é mais verdadeira do que tanta gente. Ouça ela. Brinquem. E sobre o Miguel, não esqueça, é o priminho dela... Um príncipe. Deve ser um bebê na mente linda dela. E ela deve gostar tanto dele e de tudo que ele, o irmão e a família (da Manu) representam para você e para ela que brinca com o nome dele assim tão espontaneamente, tão naturalmente. Ela é pura criatividade. Escute essa menina linda SEMPRE. E abrace a sua filha com os braços, os ouvidos e os olhos. E se aconchegue nesse amor infinito.

pesquisa moderna...aos moldes do século XIX..ranço das vozes do passado fantasmas de um machocentrismo PATÉTICO, DÉSPOTA e COLONIZADOR

Lélia Gonzalez também é importantíssima para a psicologia no Brasil. Antropologia deveria ser também básica nesse currículo. Fontes latino-americanas  são essenciais, em especial de mulheres que traduzam dores simbólicas de uma América que nasce do estupro de ancestrais de comunidades originárias. Eu concordo plenamente com você, professora. Não sou psicóloga, sou apenas professora de português; porém, acredito que o currículo das universidades (em especialmente as públicas) DEVE URGENTEMENTE se ATUALIZAR, parar de ser tão branco cêntrico, europeu e colonial. O século XIX enfim já acabou faz tanto tempo...mas parece que o romantismo "moderno" é um ranço de um passado viciado em uma mesma voz sempre ecoando nos ditames da academia clássica (do séc 19 🤦).