Eu conheço 3 mulheres com esta mesmíssima história:
Conheceram um cara maravilhoso e foram morar com eles (há variações que não mudam o enredo: um já tinha 2 filhos, um de cada ex; uma das minas foi morar junto sem casar, outra noivou e casou no papel antes). O fato é que: os caras nunca curtiram muito trabalhar.
Todas essas minas tiveram ume filhe com seus respectivos caras maravilhosos. Invariavelmente todas acharam que eles iriam tomar jeito, arrumar empregos, dar um jeito na vida, e que isto não tinha acontecido antes porque as ex deles eram loucas ou porque eles AINDA não tinham amadurecido, o que iria acontecer agora. Pois bem, invariavelmente nenhum arrumou emprego ou renda fixa. Invarialmente todas sustentaram estes sujeitos por muitos anos (uma por 5 anos, outra por 7 e outra por 4), além de sustentarem sues própries filhes e trabalhar e enlouquecer. E bem, todas finalmente e felizmente deixaram os caras.
Adivinha o que acontece depois? Sim, todos eles arrumaram outras mulheres, que provavelmente vão sustentá-los por alguns anos antes de entenderem que são uns embustes e que nenhuma carência vale ser preenchida com alguém que vai sugar seus recursos financeiros, emocionais ou materiais (às vezes todos estes juntos).
Daí que uma amiga já na casa dos 30 e tantos desabafou comigo um problema: o pai dela, já bem idoso, que estava casado com a madrasta dela foi chutado de casa e não tinha onde ficar, ela estava com medo de ter que sustentar o cara. Motivo: nunca trabalhou e estava velho e folgado demais. Enfim, direito da madrasta se cansar, certo? Eu diria que ela aguentou bastante: 20 anos sustentando o cara. E ele ainda disse "não sei o que eu fiz pra merecer isso". Oras, não foi o que fez, foi o que NÃO fez: trabalhar. Resultado: ele foi morar num dos imóveis cedidos pela irmã, que também passou a dar uma mesada pra ele. A última vez que tive notícias soube que ele estava reclamando que a irmã não pagava uma empregada doméstica.
Entenderam a moral da história, mulheres do meu face? São várias: 1) Eles são vagabundos, irresponsáveis, parasitas e sanguessugas e nunca vão mudar porque sempre vai ter uma mulher estável e carente ou com culpa cristã suficiente para carregá-los nas costas;
2) Parem de minimizar ou passar pano! "Ah, coitados, precisam de terapia." "Ah, coitados a ex era louca, eles vão encontrar o rumo." "Ah, coitados, é o desemprego no Brasil". Não, não são coitados, são parasitas; escolheram um estilo de vida: se pendurar nas mulheres com quem se relacionam;
3) Golpe da barriga deveria se chamar Golpe do "sou vasectomizado", Golpe do "eu broxo com camisinha" (insira um golpe MASCULINO aqui). Nunca que uma mulher ganha nada tendo filho. Nunca;
4) Quanto antes desconstruir a ideia de família tradicional, melhor. Não te falta nada se não tiver um homem, mulher! Bora aprender a dar vazão às nossas carências sem precisar de homem. Mesmo que você seja hétero! Tem gente que passa a vida toda com pouco acesso a dinheiro, à água, por que você acha que não vai viver sem homem? Não deixa a carência te meter numa furada!
5) Pra parar por aqui: identificou o perfil no teu boy? Ele tá passando mais tempo na tua casa que na casa dele sem pagar no mínimo metade das contas? Tem um perfil dependente, cachorro que caiu da mudança? Um dia esqueceu uma escova e agora já tem uma gaveta só pra ele sem definirem os termos? PULA FORA enquanto é tempo e pára de ser trouxa, porra! Se você está namorando um cara e ele não tem emprego, não tem casa, não se sinta na obrigação de ajudar! Ele não é seu filho, você não tem que adotá-lo. Tem muitas formas de uma relação ser abusiva: não é só traição ou violência. Se a relação tá pesando nas tuas costas precisa refletir!
Tô editando porque lembrei de mais duas morais pra essa história:
6)Eles NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA irão mudar. Não se iluda.
7) Esse tipo de embuste está tanto na direita quanto na esquerda. Nada mais parecido com um machista de direita que um machista de esquerda. ok? PEGA ESSA VISÃO.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA