quinta-feira, 19 de agosto de 2021

liberalismo sexual e o mercado do "prazer acessível", a falácia que pode gerar ESCRAVIZAÇÃO das sexualidades das mulheres por trás da propaganda

É sobre isso, mana. Muito do discurso que se aproveita do feminismo para vender o liberalismo sexual (falsa "liberdade sexual") em relação às mulheres de fato SOTERRA, APAGA e SILENCIA as outras situações absurdas também produzidas por ELE (patriarcado sempre também leia-se capitalista) contra nós. Por exemplo, tratar da "necessidade" de orgasmos e da oportunidade de relações de múltiplas facetas sem PROBLEMATIZAR a realidade, a cultura, o contexto histórico, a experiência subjetiva, os signos de violência que atravessam as sexualidades das mulheres dentro de um mundo brutalmente MISÓGINO... é muita lista. Eu não digo que não se possa tratar da vivência sexual com espontaneidade, não é sobre a voz de mulheres sendo ouvidas em relação às suas sexualidades plurais...mas sobre a heteronormatividade que coloca o "ranking" do orgasmo, a lista de consumo sexual atualizada, a demanda e a procura como "natureza", as possibilidades de combinações afetivas com limites sobre responsabilidade afetiva flexíveis ao extremo...muito mais de consumo sexual do que de vivências da sexualidade...além de tudo o pior...a alienação do discurso da luta sexual feminista por uma agenda nojenta liberal que mais parece vender a mulher na prateleira do "mercado" (onde o prazer é "acessível"). É isso. Um desabafo aqui

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA