O lockdown termina segunda...
O kit intubação dura pouco
A vacinação é lenta...
A Páscoa NÃO PODE ser comemorada
A pandemia e os traumas VÃO ENSINAR mais do que a gente imagina.
Não é preciso chorar pra sofrer , uma sábia MULHER brasileira declarou.
CUIDEM UNS DOS OUTROS porque não está nada fácil lutar ATÉ ENLOUQUECIDAMENTE contra tanta barbárie.
Humanidade tá enfraquecida...
Que a "economia" seja salva para que AS VIDAS PERDIDAS possam ser SACRIFICADAS nesse holocausto brasileiro de pandemia.
Não está fácil sentir a dor de tanta gente e permanecer sendo chamada de "egoísta" porque não passa fome.
Ser obrigado a escolher entre passar fome e estar vivo NUNCA DEVERIA SER UMA ESCOLHA... isso já é CRUELDADE, injustiça, INSANIDADE, sabe.
Que as nossas energias não sejam exauridas, que a gente permaneça SENTINDO, SOFRENDO, tendo empatia.
Ser insensível, anestesiado ao mal desse mundo contra todas as coisas viventes (natureza, animais, gente) É ESTAR um pouco desumano.
Eu prefiro perder sentindo, sendo humana, exageradamente humana...do que vencer com cemitérios repletos de amores da vida de tanta gente como eu.
Antes da Páscoa, vimos com Jesus, houve a MALDADE e a INJUSTIÇA. Um homem foi crucificado mesmo sendo inocente, entre dois homens que eram apenas ladrões.
Estar entre "ladrões", para Jesus, era mesmo MELHOR do que entre RELIGIOSOS, POLÍTICOS, RICOS e até entre amigos e familiares... porque HUMANIDADE é uma luta diária e dignidade não pode ser negociada, parcelada no cartão.
Não quero ovos de chocolate...não há porque comemorar com o banquete.
Porque o banquete do amor NÃO ACONTECE enquanto há mortes constantes, sem nenhuma solução...
Isso é holocausto, genocídio...
Eu não como nessa mesa e nem desse pão.
Eu sou radical, meus amigos.
Sou radicalmente GENTE, não tem um ser humano que não me seja parente.
O mundo chora a dor da gente...e eu sou oceano. Não tem ainda porque controlar meu luto. Que a maldade não se aproxime de mim, eu tenho um propósito em continuar viva para que não tirem amor por gente que carrego comigo.
Ser amor incansavelmente.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA