Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Infelizmente , muitos são os colegas (professores) nas escolas públicas do Brasil que se colocam no lugar de moralizadores, e isso é, ao meu ver, antiético e, dependendo da situação, anti-humanitário. Há, nas salas de aula, performances carregadas de uma ideologia teocrática , tecnocrática, misógina e obscurantista. Precisamos também melhorar enquanto educadores as nossas concepções de humanidade, urgentemente. Não sei se isso é algo que eu ouço nas salas de professores que já frequentei ou que frequento... mas é tão comum que causa desânimo. Aos professores, deve ser garantido o livre direito de cátedra sem jamais esquecer que somos fontes de repercussão cultural. Devemos cuidar bastante da nossa capacidade ética e nunca relativizar direitos humanos, tais como o direito ao aborto seguro conforme previsto em lei, para além de quqluer credo que possamos adotar. Nossos alunos não podem ser recrutados e influenciados por nossas ideologias quando essas são atentados à própria humanidade. Então, é preciso cuidar da concepção dos educadores , principalmente nas escolas públicas onde se inscrevem discursividades conflitantes, em pleno diálogo, mas não a ponto de legitimar desumanidade. A educação deve ser para humanização e não mais um meio de manter a barbárie.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA