Eu gosto da ponderação do autor sobre a comparação com bolsonazi... Realmente, ofende ser comparado a esse fascista, mas de fato é o que se vê. Quem admite que há necessidade de continuar com aulas online o que era feito em aula presencial, ainda não entendeu nada sobre educação de verdade. Educação não é ocupação para quando os pais precisarem cumprir seus afazeres. Educação não é distração para quando o garoto não tem "nada para fazer de melhor". Educação não é uma rotina biológica como acordar - escovar os dentes - se banhar - tomar café - ir para a escola. Não, não é. Educação é muito mais. Mesmo Home Schoolling não é isso. Não é assim que se faz o ensino doméstico institucionalizado. Educação exige técnica, ética, diálogo e ciência. São princípios freireanos, sim, mas também são as nossas práticas históricas. Professores e alunos sabem que educação não é o que se está fazendo, nem propondo. Se há certas boas intenções, não duvido. Mas também não acredito que sejam as mais importantes pela forma como está acontecendo. Os professores que estão se empenhando merecem nosso apoio, estarão exauridos para o restante do ano...e os alunos sabem exatamente do que precisam. Infelizmente, dentro das escolas todos os dias estamos cansados de dizer, a família que se ausenta no ambiente escolar é a mesma que agora foge do convívio, digo sem medo de errar. A convivência dentro de casa com os próprios filhos muitas vezes se traduz em uma forma adoecedora. É nesse lugar que se colocou a escola há algumas décadas...como sou uma jovenzinha, diria que há três décadas... A escola é a intermediadora de conflitos entre pais e filhos, agora sem poder ficar nesse lugar o que sobra é reclamação. Sabemos exatamente do que se trata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA