sexta-feira, 10 de abril de 2020

Estamos vivendo um abalo sísmico da cultura de consumo que é o suporte do neoliberalismo orgânico. Nessa cultura, o "direito individual" é radicalizado a uma forma de lei (lei de consumo, ideológica) para a qual a "vontade de consumir" precisa ser defendida. Uma das bases de manutenção (defesa) dessa lei é o "direito de ir e vir", "liberdade de expressão" e "liberdade de credo", são exemplos de direitos individuais que não são naturais, mas foram naturalizados para que se defendesse para si, mesmo não percebendo que nunca foi um direito realmente universal. Sempre houve os que não podem ir e vir, os que não têm a liberdade de se expressarem e os que não têm no seu credo a garantia de manifestação respeitosa na cultura, por exemplo por causa do preconceito historicamente definido. Ir e vir agora é um sinal de "privilégio negado" para algumas pessoas. O que é vergonhoso! Quem nunca pode não questiona, quem sempre teve pressiona o sistema. Que terremoto veremos? Das pessoas que acreditam que suas vontades devem ser "supridas" ou dos donos da produção de vontade que sempre pareceu em prateleiras imperceptíveis aos olhos alienados da gente? Pode ter certeza, que não direitos humanos realmente garantidos quando eles tocam nas bases do sistema. Talvez em alguns lugares essa cultura saia muito enfraquecida, mas em outros o poder de consumir será intensificado. Sabe-se o que isso tenha a ver com o fascismo no qual o mal se banaliza a ponto de pessoas serem distinguidas para serem exterminadas... Tomara que nada😔
erfeito, querida. Sabes que hj a Br estava congestionada? Entre muitos viajantes aqueles que ignoram uma pandemia mundial em nome do seu lazer em viagem de feriadão... arff.

em pensar que muitos dos que irão morrer não tiveram qualquer escolha respeitada, nem seu direito de estar em casa com a família 😔 Não tem como não perceber a desigualdade social agravando essa crise "biológica". É muito triste que alguns cristãos ainda se colocam nesse lugar de defesa do "direito individual"... Frustra. Não adoeceremos na mente porque já vivemos rodeados por esse privilégio deles, mas é revoltante. Não tem jeito.



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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA