quinta-feira, 9 de abril de 2020

É muito traumatizante ver situações de convivência como a que se coloca no BBB. Imagina o que é ver, por exemplo, uma Flay (muito racista também) colocar na Thelma um peso de julgamento que ela nunca colocou na Gisele e nem na Manu que claramente já foram de contra a ela. Para ela, é muito mais "fácil" atacar alguém vulnerabilizado do que uma pessoa com maior "prestígio" comunitário. A Thelma e o Babu lutam calados, quietos, abafados, como sabemos apagamento e silenciamento, sociologicamente definindo. Sempre há nesse tipo de "jogo" a estratégia de matilha, todos contra o mais fraco. Um estilo de atuação extremamente discriminatório, idêntico ao que acontece com minorias. Somos todos os dias a parte mais frágil (faço parte da comunidade LGBTI+). A Marcela aqui fora tem prestígio profissional e privilégio de classe, de raça e de indentidade de gênero (porque é uma mulher branca cis). Então, aplaudir qualquer obrigação humanitária dela é o sintoma da reverência ao dominador. Não podemos esperar que venha qualquer reparação histórica em relação a Thelma e a Babu. O que se fará é demagogia, se algo for feito.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA