Dia dois
Insônia, sóbria, sobras e sombras
Cada uma palavra e cada letra traz um efeito.
Ela insônia insistente, eu insone resistente comovendo as pálpebras a me acariciar os olhos em meia-baixa.
Eu tão sóbria que causo dormência no meu sentido súbito, em que nasce metáforas e anagramas alegóricos metafísicos. A sobriedade mata a metafísica trivial. Minha cética costumeira adormeceu por tirania.
Ela se derrama em sobras que caída me lambuzo e me deleito. É o meu delito acreditar em devaneios de além-mar. Aquém-mar há falta, há vaga, há vão em cantos de sonoros ecos. Cavernosa é a parede do meu peito, invadida por fora por sua lava de vulcão ardendo em destruição.
As nossas sombras andaram juntas no amanhecer sem solução... Vagar em luminosas vias... véus de luto sob os olhos...penumbras de matizes mal assombradas...fantasmagoram em mim porão. Existe uma prisão à vista, breu e limo alcançam as minhas mãos. Apegos egoístas...invadem e privam meu pôr do sol. A sombra andando sobre a aurora consente a noite não deixar adormecer no leito. Ela não chega. É sempre dia. Se não vejo a lua, onde ela foi parar?
Insônia, sóbria, sobras e sombras
Cada uma palavra e cada letra traz um efeito.
Ela insônia insistente, eu insone resistente comovendo as pálpebras a me acariciar os olhos em meia-baixa.
Eu tão sóbria que causo dormência no meu sentido súbito, em que nasce metáforas e anagramas alegóricos metafísicos. A sobriedade mata a metafísica trivial. Minha cética costumeira adormeceu por tirania.
Ela se derrama em sobras que caída me lambuzo e me deleito. É o meu delito acreditar em devaneios de além-mar. Aquém-mar há falta, há vaga, há vão em cantos de sonoros ecos. Cavernosa é a parede do meu peito, invadida por fora por sua lava de vulcão ardendo em destruição.
As nossas sombras andaram juntas no amanhecer sem solução... Vagar em luminosas vias... véus de luto sob os olhos...penumbras de matizes mal assombradas...fantasmagoram em mim porão. Existe uma prisão à vista, breu e limo alcançam as minhas mãos. Apegos egoístas...invadem e privam meu pôr do sol. A sombra andando sobre a aurora consente a noite não deixar adormecer no leito. Ela não chega. É sempre dia. Se não vejo a lua, onde ela foi parar?
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA