segunda-feira, 9 de março de 2020

De onde menos se imagina, brota o fascismo. São comentários indiscutivelmente transfóbicos, sutilmente racistas, naturalizadores da discriminação, mantenedores de discurso  que julga existir uma gente mais "natural" e outra "anormal". É a banalização do mal nas rodas mais "progressistas". Onde se lê há gente mais natural, leia-se também um discurso antigo sobre uma tal raça ariana "mais pura". São contra a humanidade e sua diversidade e dizem que são a favor da humanidade. Eu estou triste demais. Há tanta transfobia naturalizando genocídio na minha timeline de modo que eu penso: o fascismo está vencendo. A banalização do mal (fascismo) naturaliza discurso que segrega, banaliza a violência simbólica através do discurso sutil das redes sociais que prega a "justiça verbal". São os justiceiros/justiceiras da web destilando ódio, vingança e desumanidade. O que não se assemelha ou seria se aproxima mais do fascismo do que a condenação do diferente? O fracasso da humanidade me assusta.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA