terça-feira, 8 de outubro de 2019

Não havia o que fazer e isso é URGENTE de ser dito. Não há mesmo o que ser feito, se for de modo obrigatório. Nenhuma obrigatoriedade existe em cuidado com a sua mental ou com um extremo ato (aborto e suicídio, por exemplo). Podemos ajudar, sim! Há como acolher e cuidar, sim! Mas não é obrigatório, não se trata de uma única pessoa a fazer isso e nem mesmo podemos culpar a nós, ou a profissionais de saúde, muitas vezes em contato com essas pessoas. A psique humana é voluntariosa e compulsória em muitas situações limites. Voluntariosa pois se faz diante de desejo (consciente e inconsciente). Compulsória porque se vincula a uma realidade inacessível aos fatos históricos, muitas vezes. Ela se submete a decisões não racionais, porque fora do alcance lógico comum. Por isso, muitas vezes, o que pode salvar um potencial suicida é a PSICOTERAPIA, o atendimento em um CAPSI, ou uma emergência seguida de um acompanhamento freqüente de um psiquiatra. Não há o que uma conversa faça por si mesma, infelizmente, não é assim. Salvamos vidas quando nos colocamos no lugar real de que podemos cuidar do outro com nossa empatia, mas principalmente aconselhando, levando ou conduzindo de modo adequado a um acompanhamento de saúde. Há suicídios acidentais, sim, sem dúvida. Esses são impedidos através de um ato pontual, SEMPRE. Mas o suicídio programado e inconscientemente desejado PRECISA DE UMA ATENÇÃO DE SAÚDE MENTAL. Nossa sociedade pode fazer algo sobre isso: VALORIZAR A SAÚDE MENTAL, seus profissionais, seus profissionalismo e lutar pelo SUS. Há vários atendimentos especializados gratuitos em nossa cidade. PROCURAR: UNAMA, UFPA, ESAMAZ E FAMAZ que possuem atendimento especializado. Buscar ainda: CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), CAPSIS (Centro de Atendimento Psicossocial), Postos de saúde e o Hospital das Clínicas. Toda ajuda especializada é o ÚNICO REMÉDIO e a possibilidade de cura. Vamos seguir em frente, lutando pela valorização e pelo cuidado em Saúde Mental no nossos país. ❤️

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA