Igrejas sempre foram e sempre continuarão sendo alvos de domínio. De modo que se perpetuaram e reverberam a disputa por dominação também, o que é absolutamente antiético no sentido humanitário, mas é - infelizmente - moralmente conservado por todas as teologias. Como Igreja que surge em um governo imperialista, Império Romano altamente violento e alienador, não poderia deixar de revelar - ainda que sutilmente - seu caráter autoritário em muitos momentos da história civilizatória do Ocidente. A Idade Média, como ficou conhecido o período teocrático aproximadamente entre os séculos V e XV, teve na Igreja Católica o centro do poder tanto político, quanto econômica e, indispensavelmente, cultural. Atualmente, encontramos o nosso país com uma amostra, LETAL para a democracia, desse tipo de fenômeno social: a igreja concentrando o poder. Vivemos mais uma vez esse período obscuro da história, no qual não há como relacionar a religião ao bem à humanidade. Como diz o poeta Renato Russo "a própria fé é o que destrói, esses são dias desleais". Sigamos apesar de toda a alienação que se espalha. Enquanto não se liberta o ser humano, ser humano não é possível dentro dessa prisão que é a ilusão do poder na mão de alguns ditos "escolhidos".
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA