Eu estou cansada de gente achando que sabe o que eu preciso
Enquanto até mesmo eu não estou me fazendo essa pergunta
Eu não sei e nem quero saber do que ao levantar esqueço
E quando preciso urjo anseio sedento e caio
Urgência é um prenúncio de certezas e eu sinto
Eu sinto muito
Eu tenho sentidos antepassados
Um pedaço de mundo em mim se abre
Eu desvaneço em buraco negro de necessidades
Então, me recuso a saber de minhas urgências
Umedeço os lábios depois enxugo cada porção de desejo
Minhas sedes eu engulo gota a gota no deserto insano
Eu desmorono nas areias mmovediças sob meus pés cansados
Um a um meus medos sereno antes de fechar os olhos
Sou sedenta, faminta, desenredo psíquico da minha vida
O prelúdio de minha demanda acalento sangrando por dentro
Uma vasta fome que ninguém sabe o preço e minha prece eu mesma rezo
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA