segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

para lembrar sempre em 2024

O patriarcado é um condicionamento tão violento para nós,  mulheres, que derruba nosso senso de realidade mesmo. A realidade,  no sentido histórico  (material-dialético), é composta do que se vê,  se sente, se experiencia,  se sente e se compreende a partir de tudo isso. Complexo e natural para nós humanos, de acordo com o Wittgenstein,  tanto quanto os limites da linguagem são em proporção o limite (as fronteiras) do nosso mundo. E, para mulheres, a misoginia é uma linguagem codificada na carne, que exerce sentido no nosso corpo e pode ser autossabotadora quando, em algum momento,  nossa alienação (falta de consciência de classe, como diz Marx) nos aprisiona no cativeiro de paredes douradas, ou o amor romantizado (heteronormativo, para Butlher). É a consciência de gênero (consciência de ser mulher nesse mundo) que nos liberta pouco a pouco, sem ilusão,  sem troféu na mãe,  com mil e umas lutas silenciadas que começam a ser EXPRESSAS EM LETRAS E SONS maiores do que a fantasia do "herói " salvador da mocinha. Para mim, o percurso foi vivido do lado das letras de Gerda Lerner, Audre Lorde, Angela Davis, Silvia Federici, Valeska Zanello Zanello e outras irmãs de cura que estão presentes na vida vida me lembrando que nós mulheres merecemos sim ser partes de uma realidade melhor para nós.  Sigamos VIVAS e juntas de olho vivo contra o opressor. #nenhumaamenos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA