Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
para lembrar sempre em 2024
O patriarcado é um condicionamento tão violento para nós, mulheres, que derruba nosso senso de realidade mesmo. A realidade, no sentido histórico (material-dialético), é composta do que se vê, se sente, se experiencia, se sente e se compreende a partir de tudo isso. Complexo e natural para nós humanos, de acordo com o Wittgenstein, tanto quanto os limites da linguagem são em proporção o limite (as fronteiras) do nosso mundo. E, para mulheres, a misoginia é uma linguagem codificada na carne, que exerce sentido no nosso corpo e pode ser autossabotadora quando, em algum momento, nossa alienação (falta de consciência de classe, como diz Marx) nos aprisiona no cativeiro de paredes douradas, ou o amor romantizado (heteronormativo, para Butlher). É a consciência de gênero (consciência de ser mulher nesse mundo) que nos liberta pouco a pouco, sem ilusão, sem troféu na mãe, com mil e umas lutas silenciadas que começam a ser EXPRESSAS EM LETRAS E SONS maiores do que a fantasia do "herói " salvador da mocinha. Para mim, o percurso foi vivido do lado das letras de Gerda Lerner, Audre Lorde, Angela Davis, Silvia Federici, Valeska Zanello Zanello e outras irmãs de cura que estão presentes na vida vida me lembrando que nós mulheres merecemos sim ser partes de uma realidade melhor para nós. Sigamos VIVAS e juntas de olho vivo contra o opressor. #nenhumaamenos
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA