Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
sábado, 17 de junho de 2023
estigma e maldade são discursos comuns que revivem o tempo dos manicômios contra pessoas que possuem sofrimento psíquico
O sofrimento psíquico infelizmente é mais condenado por pura falta de empatia mesmo, por quererem se manter ignorantes sobre o assunto, sendo assim mais condenado do que maldade, do que falta de caráter. Você vê gente que condena, difama, xinga, rotula bipolar, autista, depressivos e outras pessoas neuroatípicas de vagabundos, preguiçosos e mentirosos; porém, são as mesmas pessoas que acham pessoas maldosas, pessoas violentas, pessoas racistas "comuns". A mesma pessoa que te dá uma dica de vida saudável não chega com um cara que bate na mulher e dá nenhum conselho pra ele, Natália. Sabe por quê? Essas pessoas sempre demonizaram, sempre condenaram, foram elas que prenderam inocentes em manicômios. Foram elas que condenaram justos, condenaram um Jesus que amava pobre e denunciava gente corrupta e hipócrita. Infelizmente, Natália, seu sofrimento psicológico é uma condição. Faz parte da sua natureza. Psicoterapia te acolhe, te cuida, te abraça, te faz acreditar que você é amada. Remédios psiquiátricos te ajudam a equilibrar a ligação de hormônios em seu sistema nervoso. Seus neurônios, por causa do Transtornos Afetivo Bipolar, possuem dificuldades de fazerem algumas transmissões entre hormônios que regulam estresse, ansiedade, euforia e excitação. A bipolaridade é uma condição neuroatípica, uma natureza da mente, por isso não é curável, ela é equilibrada por psicofarmacos como o lítio. O resto que seja "aconselhado" - se não for acompanhado de acolhimento, compreensão e respeito - deve ser ignorado. Sua vida, sua saúde, sua existência precisam de tranquilidade e amor; não de conselhos que parecem ser tirados de vídeo de autoajuda do YouTube cheio de preconceito e ignorância mesmo.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA