segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

um ponto sísmico na fala do patriarcado que se propõe "democracia"...mas é violência contra um mundo de humanidade real

Nem acredito que seja uma radicalidade (no sentido ético mesmo) comunista que seja essencial para a revolução que o Brasil precisa, sabe. Não sou historiadora, nem estudiosa política, apenas uma pessoa com uma opinião, que considero analítica inclusive do ponto de vista feminista, como me proponho. Defendo que seja necessária uma formação contínua na própria instrução política básica que é a dos movimentos sociais. Isto é, que os movimentos com suas mais diversas propulsões sociais se invistam de popularidade para capilarizar emancipação. Para mim, como nas Américas se percebe -  através das formas de representações políticas institucionais que são fatos nesses 50 anos, do fim do século XX para a nossa atual situação - representação tecnocrática com mofo, rinite e distanciamento da população, em especial periférica e mais subrepresentada, não pode ser nem referência de "social democracia" - ao menos, não vejo assim para a América no hemisfério Sul, ou que ascende significativamente da África e de ameríndios, entre outras POPULAÇÕES originárias. Não há representação democrática que ignore as demandas antropológicas históricas e, por isso, reais. Ciro não tem nenhuma cara na democracia fluente da gente. Então, se pensarmos em uma "social democracia" que apelide movimento social de "identitarismo", saímos da democracia para a taxiologia política instrumental da tecnocracia aos moldes do início do século XX... pré-Guerra Fria. Honestamente, o discurso que Ciro inflama é a voz distante da gente que ele defende, com o distanciamento evidente de interesses públicos que surgem com ele, por ele e na objetividade e concisão clássicas de quem apenas discursa sem essência de diálogo. Uma péssima mistura de "voz grossa" e "testosterona", exalando tudo que se indispõe ao democrático no cenário mundial.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA