quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

luto por causa de macho e outras baboseiras do romantismo tardio (séc 19) que insiste em permanecer na fantasia do heteropatriarcado escroto

A tristeza é sempre legítima, ao que não sequer precisamos salientar, afinal a sua MARAVILHOSA POSTAGEM É EXATAMENTE SOBRE AUTONOMIA AFETIVA DE MULHER, o que tanto me orgulha, mana. Saiba que aquelas pessoas "preocupadas" com sua alegria ou desprazer precisam mesmo É DE IR ATÉ SEUS PRÓPRIOS ESPELHOS, como você disse de modo tão autêntico, tão genuíno: você tem mais o que FAZER. Mulher é sinônimo de projeto, propósito, carreira e estudos. Mulher é sinônimo de TRABALHO, SIM! REMUNERADO SIM! Mulher não é "sentimentalismo" burguês, romantizado desde o século XIX no romantismo tardio que vive "ressentido" de ser fantasia de macho pra nós. Rasgue, mana. Destrua essa fantasia de cólera investida em ti. Esse dispositivo amoroso só quer te ver PARAR. Quer te distrair. Olha por si mesma e por tantas que nem voz, nem vez possuem. Caíram ontem, vão cair hoje e cairão amanhã mortas em estatísticas dos feminicídios tão característicos desse país, que nos mata DENTRO DE CASA. REAGE MESMO. Com ou sem croped, lança-se. Choca essa gente medíocre. Se mulher, está perdida no oceano heteronormativo. Se não, está espreitando seu caminho nesse hostil deserto de afeto real do heteropatriarcado. Deixa as mulheres na frente do fronte te inspirarem. Puxa a Angela Davis, a Grada Quilomba, a Djamila, a Gerda, a Federici, a Virgínia Woolf, a Hilda Hilst, a Lélia Gonzalez, a Conceição Evaristo e vai pelo mundo amada. Se ama. Se cuida. Se defende. No mais, é isso.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA