domingo, 17 de outubro de 2021

morada ribeirinha, Belém do Pará

Conheço pouquíssimos lugares, porque morei apenas em três estados fora daqui. Amei o Rio, mesmo assim não troco a visão do pôr do sol da Bahia do Guajará pelo Arpoador (de coração). Conheci desse estado lindão, zona da Mata, Serra, zona Norte, Oeste, Niterói, Região Litorânea, Região dos Lagos, muitas e muitas cidades, paisagens belíssimas, cada uma a sua maneira. Gostei bastante de tantas cidades que conheci no estado de São Paulo onde também morei, paisagens peculiares e lindas; mas a nossa natureza, por exemplo, hoje morando em Ananindeua (região metropolitana daqui) me deixam tão mansa, pela "verduuuuura" (desculpe usar de modo poético aqui essa palavra) tão intensa, parece uma Amazônia mesmo em cada Samaumeira, nas lindezas dos igarapés a se derramar. Morei no interior do Maranhão, conheço algumas cidades do nordeste (lindo), apesar disso, eu não trocaria a nossa identidade, a nossa etnicidade por nenhuma comida ou bebida de caatinga à zona dos Cocais. Conheço outros lugares do Brasil que fui a passeio, também não os vejo melhores do que aqui. Eu acho linda a nossa imensidão de enseada cor de manto argila, cor de mãe d'água, Nanã, Iara, boto, sucuri e onça pintada. São tantas encantarias, tanto a descobrir de infinidade de alma que essa terra ribeirinha simboliza, que honestamente, tem gente que pode vê concreto, cinza e marrom. Mas eu vejo um horizonte de infinito que quero mais ainda poder desvendar. (É apenas uma visão muito íntima e cheia de razões que talvez nem eu consiga deixar claro ainda).

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA