Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
sábado, 30 de outubro de 2021
caleidoscópio do sexo biforme (a ironia está na própria imagem visível em um caleidoscópio)
O casamento é um instrumento de controle do patriarcado, em que mulheres são submetidas e homens são ensinados a serem patriarcas, ou seja, os detentores das leis e os mantenedores da ordem ... Imagina só quando uma mulher percebe que um homem é seu "dono" nessa visão de mundo e que sem "dono" ela poderia ser "só". Só mulher... só ser...apenas ser humano...igual a outro qualquer...e nem homens seriam mais diferentes dela...e outras mulheres seriam iguais...que loucura de mundo é esse em que toda gente é gente... é a gente como a gente é, sabe. Essa realidade (o real na real)... deixa a cabeça da gente tão livre que a gente tem medo de nunca mais voltar a ser controlada, ou de nunca mais querer ser propriedade (privada de liberdade?). Essa concepção de existir se chama FEMINISMO e é uma alternativa ao patriarcado que parece ser tão natural, mesmo sendo IMPOSIÇÃO violenta para qualquer humanidade desde os primórdios do hommo sapiens (homem sabedor) até no nome em latim (língua judaico-cristã patriarcalizante) já demonstra a manipulação na representação de tudo que existe a partir desse caleidoscópio do sexo binário, biológico e biforme - mas distorcido, porque tudo que existe começa no acontecimento irremediável do existir em si.
domingo, 17 de outubro de 2021
morada ribeirinha, Belém do Pará
Conheço pouquíssimos lugares, porque morei apenas em três estados fora daqui. Amei o Rio, mesmo assim não troco a visão do pôr do sol da Bahia do Guajará pelo Arpoador (de coração). Conheci desse estado lindão, zona da Mata, Serra, zona Norte, Oeste, Niterói, Região Litorânea, Região dos Lagos, muitas e muitas cidades, paisagens belíssimas, cada uma a sua maneira. Gostei bastante de tantas cidades que conheci no estado de São Paulo onde também morei, paisagens peculiares e lindas; mas a nossa natureza, por exemplo, hoje morando em Ananindeua (região metropolitana daqui) me deixam tão mansa, pela "verduuuuura" (desculpe usar de modo poético aqui essa palavra) tão intensa, parece uma Amazônia mesmo em cada Samaumeira, nas lindezas dos igarapés a se derramar. Morei no interior do Maranhão, conheço algumas cidades do nordeste (lindo), apesar disso, eu não trocaria a nossa identidade, a nossa etnicidade por nenhuma comida ou bebida de caatinga à zona dos Cocais. Conheço outros lugares do Brasil que fui a passeio, também não os vejo melhores do que aqui. Eu acho linda a nossa imensidão de enseada cor de manto argila, cor de mãe d'água, Nanã, Iara, boto, sucuri e onça pintada. São tantas encantarias, tanto a descobrir de infinidade de alma que essa terra ribeirinha simboliza, que honestamente, tem gente que pode vê concreto, cinza e marrom. Mas eu vejo um horizonte de infinito que quero mais ainda poder desvendar. (É apenas uma visão muito íntima e cheia de razões que talvez nem eu consiga deixar claro ainda).
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