Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
quarta-feira, 28 de abril de 2021
Companheiros.
Concordo plenamente. Além disso, acho muito importante que seu posicionamento enquanto negro homem cis esteja sendo exposto porque a manutenção desse sistema de exploração e controle das sexualidades se dá por meio do patriarcado arraigado em nossa cultura, sendo os homens muitas vezes os que mais são privilegiados, embora estejam em certa medida sofrendo de uma compressão subjetiva (alienação da sua sexualidade também). Ouvir de um homem é importante porque entre pares, muitas vezes o discurso é de reforço, de estímulo e até policiamento. Ler o que teu lugar de negro militante manifesta é inquestionavelmente próprio, ético e orgânico - são essas as bandeiras que eu já te vi carregando -, então, muito obrigada por estar muitas vezes na trincheira com coragem de ser até agredido, de diversas formas. Uma das violências simbólicas mais destrutivas produzidas contra negras e negros a hipersexualização de seus corpos, o estupro moralizado pela desumanização das etnias africanas e a limitação das qualidades aos "atributos" de aparência que é um nojo praticado pela indústria cosmética e da medicina estética. Absurdos de um fascismo DESGRAÇADO que nos comanda pela necropolítica ou neoliberalismo radicalizado. Como és CISgênero essa pauta te coloca no fronte com todes que são explorades, OBJETIFICADOS feitos de produtos para a venda na prateleira do CONSUMO "afetivo" que destrói muitos sonhos, oportunidades e fecha as portas, colocando transgeres em uma classe INUMANA. O que é ANTES DE TUDO uma derrota para a humanidade. É um posicionamento francamente feminista assim como o meu. Não tenho nada a me opor. MUITO OBRIGADA pela sua manifestação. ♀️💜
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA