domingo, 10 de janeiro de 2021

mulheres que MATAM os lobos

Esse arquétipo do "lobo", "o selvagem do bem", é muito vendável. De fato, a heterossexualidade normativa é um instrumento VIOLENTO para qualquer mulher, eu te entendo muito. Essa situação ABSURDA de mitificar o "macho natureba" passa despercebida...MAS É VIOLÊNCIA. Os homens como sempre estão no topo da cadeia alimentar como predadores, idolatrando-se, gozando em berço esplêndido de uma MASCULINIZAÇÃO da miséria do espírito. Eles são vazios de densidade subjetiva, isto é,  meros fantoches da venda de "afetividade" líquida.  Mulheres estão  no substrato, onde protagonistas se fazem minhocas. As minhocas são indispensáveis para a vivacidade do bioma, mas quem nasceu para ser a própria floresta,  não deveria se colocar em posição de chão para ser pisoteado por abutres. Essa é a minha metáfora de dor, sofrimento psíquico,  quando assisto ao culto desprezível ao que se fantasia de cultura nórdica. Infantis são as analogias ficcionalizadas. Historiografias nunca estão na moda porque trazem dos cemitérios arqueológicos o que de fato foi o humano daquele período.  Então, eu apenas vejo, sinto muito, alcanço o nojo rápido e transbordo em forma de mulheres da realidade - do chão desse mundo - que leio. Só elas me curam. Estou cansada dessas ficções alienantes que são jogadas feito agrotóxicos nas redes sociais em meus pés de realidade onde vivo. Mas...sem que se exista na história,  não se está  vivo. Por isso, eu falo, por isso  eu grito, por isso EU LUTO. Sigamos, como sempre, juntas na luta feminista que nos CUIDA muito . Beijos, paxãozoooona da minha rede social 💜💜💜💜💜♀️💜♀️💜♀️💜♀️💜♀️🌬🍃🤍

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA