domingo, 10 de janeiro de 2021

mensagem que cura...massagem, ciências, humanidade e corpos que cuidam

Eu faço análise - minha psicanalista me salvou do beira do abismo, estou sempre  preparada para pular.  Tive que dar um tempo da análise durante a pandemia, por precaução.  Fui ao extremo de surtos de pânico, tranquilizante,  sedação...dormir  era coma induzido.  Então, fui ao psiquiatra, tipo ao meu pior inimigo. Ele me olhou como um destroço de gente que eu tava...e disse "junte devagar...seu caquinhos". Disse com uma receita que na primeira vez me trouxe a sensação de que eu estava viva. Tomei os três psicofármacos e senti o corpo que estava vazio...eu era uma alma penada, o espelho tava escondido. Foi assim que peguei o milk, coloquei no táxi.  Mudei de casa. Moro só com ele há 6 meses...quase nenhuma assombração que eu me familiarizara estava mais de companhia da minha própria sombra na luz do mundo barulhento...aterrorizante.  Ter paranoia é viver um delírio.  Eu preciso dos remédios para trabalhar feliz, ler em paz, dormir e existir realmente sem fantasmas (literalmente) - esse é o nome que eu dei aos pensamentos intrusos da minha cabeça sem cuidado de antes. Agora, eu estou fazendo um programa de massagens curativas, terapêuticas... A minha curadora,  uma mulher admirável antes de tudo, completou o ensino médio a duras penas. E eu, repleta de livros, minha bibliografia é sempre imensa, citação direta e indireta é minha senha de banco... que sou só isso... na mão de cura dela, renasço. Pago com vil metal ao que não tem preço, nem mensura. Ela faz massagem com óleos,  cores, meses e energias de uma linguagem que eu não sei ler uma letra. Ela faz massagem que cura gente inteira. Eu me entrego na sua vocação serena de 2 décadas.  Ela me ensina com paciência, cuidado e humildade a ser eu mesma.  Eu gosto do trabalho que reescreve a nossa história. Eu acredito muito nisso.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA