terça-feira, 8 de dezembro de 2020

A nossa cura está na luta para que qualquer pessoa no Brasil tenha a possibilidade de ser vacinada. Antes de tudo, é preciso IGUALDADE entre nós. 
Irei celebrar a vacina sim! Aquela que chegará aos irmãos indígenas,  quilombolas  e de outras comunidades tradicionais mais afastadas do centro/urbanidade. 
Celebrarei sim, a vacina que chegar nas crianças,  pessoas  e famílias as quais tenham uma pessoa com peculiaridades genéticas e específicas situações de saúde e por isso estejam ISOLADAS de fato há meses, como  eu tenho na minha família. 
Eu quero celebrar de verdade , meus amigos. Mas não adianta eu tomar a vacina, que sou professora concursada, moradora da região privilegiada e com plano de saúde.  Eu sinceramente quero ser contemplada,  mas POSSO ESPERAR sabe...a minha urgência tem sentimento de HUMANIDADE.
NÃO VOU ESTAR FELIZ enquanto a vacina for um reflexo do PRIVILÉGIO NOJENTO que nos humilha. 
A quem puder tomar a vacina antes de quem realmente precisa, eu desejo consciência.  Ser a prioridade nesse caso É ANTES DE TUDO UMA VIOLÊNCIA reproduzida há milênios...
A transformação que eu acredito não foi escrita em nenhum  livro de filosofia, não está nas instituições de ensino e não é intelectual.
É uma EMANCIPAÇÃO que brota no coração de quem nasce gente independente da DESIGUALDADE CRUEL e vergonhosamente reproduzida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA