A nossa cura está na luta para que qualquer pessoa no Brasil tenha a possibilidade de ser vacinada. Antes de tudo, é preciso IGUALDADE entre nós.
Irei celebrar a vacina sim! Aquela que chegará aos irmãos indígenas, quilombolas e de outras comunidades tradicionais mais afastadas do centro/urbanidade.
Celebrarei sim, a vacina que chegar nas crianças, pessoas e famílias as quais tenham uma pessoa com peculiaridades genéticas e específicas situações de saúde e por isso estejam ISOLADAS de fato há meses, como eu tenho na minha família.
Eu quero celebrar de verdade , meus amigos. Mas não adianta eu tomar a vacina, que sou professora concursada, moradora da região privilegiada e com plano de saúde. Eu sinceramente quero ser contemplada, mas POSSO ESPERAR sabe...a minha urgência tem sentimento de HUMANIDADE.
NÃO VOU ESTAR FELIZ enquanto a vacina for um reflexo do PRIVILÉGIO NOJENTO que nos humilha.
A quem puder tomar a vacina antes de quem realmente precisa, eu desejo consciência. Ser a prioridade nesse caso É ANTES DE TUDO UMA VIOLÊNCIA reproduzida há milênios...
A transformação que eu acredito não foi escrita em nenhum livro de filosofia, não está nas instituições de ensino e não é intelectual.
É uma EMANCIPAÇÃO que brota no coração de quem nasce gente independente da DESIGUALDADE CRUEL e vergonhosamente reproduzida.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA