Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Menina, pior que a Silvia Federici em "Mulheres e caça às bruxas ", pág. 68, trata exatamente de como a reforma protestante influenciou na estabilização do Estado liberal extremamente misógino. Segundo a autora, na mesma página, Martinho Lutero acreditava que as freiras deveriam casar porque essa era a "vocação máxima " (destaque da autora) de uma mukher. Isto é, no luteranismo mulheres são fábricas de gente e devem procriar. Por certo, a radicalização dessa forma de mentalidade não é nem inédita. Talvez seja um conservadorismo mesmo, como um retorno aos séculos de indiferença em relação ao conceito de dignidade humana, humanidade, humanitarismo e, principalmente, direitos humanos. Quando achamos que a Idade Média era uma visão católica do mundo, na verdade, não observamos que essa forma autoritária de pensamento e religião é o reflexo de um capitalismo em institucionalização. O patriarcado é o núcleo do capitalismo. Por isso, um depende do outro. Onde há homens em dominação de poder, há também vestígios do que o neoliberalismo se mostra descaradamente hoje: genocídio daqueles que não aceitam o poder autoritário do mito de um macho mais poderoso do que tudo.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA