Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
domingo, 25 de outubro de 2020
O que me causa FÚRIA é saber que essa gente está em seus carros particulares, andando todo dia de ar-condicionado ligado, com a casa higienizada por outras pessoas , com os filhos estudando por meio de internet "acessível", com família resguardada, com planos de saúde pelos quais pagam até regalias. Covid não mata mesmo esses podres... mata a gente que é vulnerável... em casas em que um cômodo abriga 5/6/7, de faixas etárias diferentes...com a limpeza sendo feita depois de exaustivas horas de trabalho, de transporte público e de alienação neoliberal na mente, dizendo que "vem aí , blackfraude"... Nós compramos a porcaria da produção desses vermes...nós sustentados a ostentação desses abutres...é em cima do nosso corpo que eles têm as mesas tão fartas que cai farelo para que "animalizados" salivemos. A gente não tem só fome mais. A gente tem vontade porque SOMOS humanos também. Humano quer, deseja, ama. Porém, também odeia, mata e quebra tudo. Quando um deles é sequestrado, morto, assaltado, vitimado de latrocínio SOMENTE um pensamento me vem à alma, a minha alma me grita, "TEVE O QUE PLANTOU!". Eu sei que é errado ser radical, dessa forma. Minha ética sai pela saliva nessas horas. Enquanto o imbecil que se acha o presidente diz "não!" à chance de vida...nós estamos entrando para os números. Somos somente números mesmo. Como diz o abutre branco supremacistas "bilhões, bilhões, bilhões " e muitos não se comparam sequer a uma vespa.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA