O mito de medusa foi oralizado, escrito, reproduzido e imortalizado pelo patriarcado MISÓGINO grego. Os clássicos, como principalmente Aristóteles, venerado em filosofia clássica, era apenas mais um misógino, aliás "pobrezinho" de seu tempo...QUE NUNCA MUDOU. Não há inversão em um mito, há a forma como se conta a narrativa, isto é, há QUEM conta a história...por exemplo, eu sempre conto a historinha do grandioso fabuloso monstruoso minotauro, como um barulho que inventaram ser esse monstrengo...como ninguém sabia de verdade se existia ou não...UMA MULHER INTELIGENTÍSSIMA suspeitou... ah, a Ariadne! Infelizmente , como toda mulher por mais inteligente que seja faz da sua vida uma tragédia quando acredita no amor incondicional que DEVE ter pelo macho, que ela tanto precisa para ser legitimada socialmente. Então, como o pai dela disse que quem retornasse do labirinto tendo matado o monstro casaria com sua filha, Ariadne deu um fio para Teseu, o brega, e ele retornou... Sendo o SUPER-HERÓI da história...o MACHÃO, o TESÃO da história...enfim, feliz para sempre porque ele virou rei e ela mulher do Teseu a ninguém da história...que tem o FIO DA ARIADNE como o núcleo do enredo. A razão/lógica esperteza de Ariadne fez o Teseu ganhar um trono e ela um casamento, que desde milênios é o símbolo do monopólio da sexualidade feminina, totalmente a serviço do patriarcado, sem que ela tenha nem direito de pensar em não quer isso para si. Então, a história termina como os homens gostam... eles sendo AMADOS, sendo o objeto de amor...e a mulher sendo até estuprada maritalmente para suprir ps desejos do grande pai. Por isso, eu digo, o mito de medusa é a fenda que toda condenada à fogueira tem que conhecer... se medusa se torna uma fúria, um monstro é por sua beleza...Então , que morramos como mulheres endemoniadas, mas jamais como servas, escravas, estupradas de um merda que se acha deus.
Posso colocar minhas referências no outro comentário para abrir que conheçamos várias leituras a respeito dessa cultura que nos mata todo dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA