Se eu mergulho em mim, derramo amor...prazer... ódio... rupturas. Se eu te mergulho, deságuo em fúrias...feras...feridas...e amar. É sobre o encontro de mágoas às vezes, mas em um vigoroso oceano há sempre vida!
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
laços invisíveis que havia
Me lembrei da "síndrome do membro fantasma" que altera a percepção real (?) quando alguém "perde" um membro ou órgão do corpo e continua sentindo ele, incluindo sensações como dor ou formigamentos (bastante incômodas, por exemplo). Eu também tenho um ente invisível e, por isso, presente. Por não conhecer pessoalmente meu pai, estive com sua sombra em qualquer lugar por onde à luz me pudesse sentir enxergada. É como se ele fosse algo que só os outros veem em mim, mas eu não consigo. Ou, noutras vezes, só eu sei dele enquanto aos outros ele é até inexistente. Uma situação indiscutivelmente orgânica para mim porque faz parte do meu corpo-mundo. E, para além da biologia, fisiologia, metafísica ou até mítica cristã, o que sinto é o que vejo...e o ditado "o que olhos não veem, o coração não sente" não faz sentido...para mim, o que o coração sente, aos olhos não se sabe esconder... e tudo mais é música, como canta Leoni "e o que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia" (Fotografia - Leoni).
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA