Aproveitando o gancho do outro post: parem de dizer para as meninas que elas TÊM QUE ir ao ginecologista médico antes ou logo após iniciarem suas vidas sexuais, por motivos de:
1) ninguém leva os meninos no urologista (apesar de serem os ómis que precisam de campanha para lavar adequadamente suas partes).
2) converse com mulheres de 20-30 anos com acesso a serviços de saúde e você ficará impressionada com a quantidade de meninas que foram levadas com idades entre 5-15 anos no GO para investigar "corrimentos" que nada mais eram que fluidos normais ou para investigar cólicas ou alterações menstruais que nada mais eram do que esperadas para a fase e saíram de lá com pedidos de exames invasivos e prescrição de anticoncepcionais hormonais e tratamentos desnecessários e constrangedores.
3) discutir anticoncepcional com um GO mediano no mundo atual significa sair do consultório com prescrição de hormônios (levanta a mão quem tomou D*ane na mais tenra idade e permaneceu com ele às vezes por décadas) sem ter qualquer orientação sobre outras alternativas.
4) Vida sexual não é problema médico, não é doença, não requer aval profissional, salvo existam queixas ou questões de fato médicas envolvidas.
5) Se for levar uma menina ou adolescente ao médico por essas razões, investigue antes qual a abordagem do profissional sobre o tema, que tipo de orientação dá, como trata as questões envolvendo sexualidade, se sabe lidar com as diferentes nuances da sexualidade e do gênero e assim por diante. Algumas sandices frequentemente ditas em consultórios médicos podem gerar marcas profundas na vida de mulheres e meninas.
6) Saiba que muitas vezes uma enfermeira ou parteira (obstetriz ou enfermeira obstetra) e também uma médica de família têm muito mais condições de dar orientações e prestar cuidado não medicalizante sobre esses temas do que a maioria dos ginecos.
Sexo não é doença.
1) ninguém leva os meninos no urologista (apesar de serem os ómis que precisam de campanha para lavar adequadamente suas partes).
2) converse com mulheres de 20-30 anos com acesso a serviços de saúde e você ficará impressionada com a quantidade de meninas que foram levadas com idades entre 5-15 anos no GO para investigar "corrimentos" que nada mais eram que fluidos normais ou para investigar cólicas ou alterações menstruais que nada mais eram do que esperadas para a fase e saíram de lá com pedidos de exames invasivos e prescrição de anticoncepcionais hormonais e tratamentos desnecessários e constrangedores.
3) discutir anticoncepcional com um GO mediano no mundo atual significa sair do consultório com prescrição de hormônios (levanta a mão quem tomou D*ane na mais tenra idade e permaneceu com ele às vezes por décadas) sem ter qualquer orientação sobre outras alternativas.
4) Vida sexual não é problema médico, não é doença, não requer aval profissional, salvo existam queixas ou questões de fato médicas envolvidas.
5) Se for levar uma menina ou adolescente ao médico por essas razões, investigue antes qual a abordagem do profissional sobre o tema, que tipo de orientação dá, como trata as questões envolvendo sexualidade, se sabe lidar com as diferentes nuances da sexualidade e do gênero e assim por diante. Algumas sandices frequentemente ditas em consultórios médicos podem gerar marcas profundas na vida de mulheres e meninas.
6) Saiba que muitas vezes uma enfermeira ou parteira (obstetriz ou enfermeira obstetra) e também uma médica de família têm muito mais condições de dar orientações e prestar cuidado não medicalizante sobre esses temas do que a maioria dos ginecos.
Sexo não é doença.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA