domingo, 29 de setembro de 2019

Os legitimadores e "patrulhadores" do que é cultura ou não é cultura são realmente um incômodo constante. Eles querem dizer onde a cultura está e onde não há o que eles admitem, ou percebem mesmo, como cultural. Parece que andam com a mão preparada para rotular e colocam cultura no singular dentro de uma caixinha preta, que fica escondida. Ao contrário disso, o conceito de cultura e, principalmente de culturas, precisa ser socializado com maior frequência. Estamos carentes de pluralidade em todos os sentidos. Acredito que sem a pluralidade não há como encontrar na igualdade nossa singularizadora diferença, aquilo que nos torna inéditos enquanto sujeitos. As narrativas culturais andam empobrecidas desse olhar mais antropológico e menos analítico-terminológico. Muito obrigada pela abertura de diálogo e de caminhos para se pensar e se falar de interculturalidade. Necessário demais em um Brasil com um certo crescimento do discurso etnocêntrico.

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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA