eu queria pontuar uma coisa fundamental na situação do print da conversa, ele por si já acarretaria danos morais ao referido acusado porque usa de coação moral (assédio na exposição pública) a fim de obstruir a acusação. A única coisa que não se está discutindo é o que de fato importa, a suposta vítima estar sendo coagida em público e ainda haver quem lhe constranja. Se fôssemos um país digno, esse tipo de procedimento já estaria claramente tipificado como agravante em casos de assédio sexual, moral, violência psicológica e até mesmo em casos de tentativa de feminicídio. Sobre o fato de os juízes, sem magistratura, estarem supondo a prévia condenação da vítima por falso crime, eu ainda tenho uma última observação: um país com a cultura entranhada pelo futebol, que chega a ser confundido com a identidade do nosso povo de modo até superficial, jamais colocará o ídolo (fabricado) nessa berlinda, quem será a apedrejada publicamente...adivinha? Ele fez isso conscientemente! Não esqueçamos, por fim, o caso emblemático de Elisa Samúdio que declarou se sentir ameaçada, foi brutalmente assassinada, teve os assassinos "presos" por um tempo insignificante perto do tamanho do crime e tem hoje, SEU MAIOR CONDENADOR E FEMINICIDA, de novo de volta aos gramados... É gol do patriarcado! E para nós, insignificantes mulheres, é MORTE (da nossa dignidade ou do nosso corpo). Eu não desejo isso a nenhuma de nós! E gostaria que essa doença chamada MACHISMO que fomenta a cultura do estupro ACABASSE! Independentemente do desenrolar desse caso, tenho uma certeza incontestável em mim: ser mulher é estar em constante perigo sempre, até entre as iguais.
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"Quebrem as correntes dos seus pensamentos e conseguirão quebrar as correntes do corpo..." ("A História de Fernão Capelo Gaivota" BACH, 1970, p. 122/3).
Hilda Freitas, Belém/PA