terça-feira, 30 de abril de 2019

Coloca ela de quatro, ela adora. Mas não começa fazendo isso na cama. Primeiro coloca ela de quatro nos sentimentos.
Sabe aqueles erros de outros caras que elas comenta? Escute e não erre igual.
Sabe aquele cara que quebrou o coração dela? Mostre ser diferente.
Sabe a falta de fé dela em relacionamentos e caras fiéis? Prove todos os dias que ela está errada e que você é um presente que ela muito merecia.
Coloque ela de quatro pelo seu jeito de tratá-la. Deixe ela vulnerável através da sua sinceridade, das suas palavras carinhosas, das suas atitudes que provam ser suas palavras verdadeiras.
Ela está louca para ficar de quatro na cama, louca para realizar e ser realizada, mas ela não fará isso sem antes ter certeza que o cara atrás dela, o cara para quem ela dá as costas, será o cara que também irá acima de tudo protegê-la.
Antes de querer ela vulnerável tenha certeza que você se garante para ser a proteção dela, o confidente, o melhor amigo. Antes de por ela de quatro na cama tenha certeza que você está pronto para os dias em que ela não estiver legal, para os dias que ela só quiser deitar no seu peito e desabar.
Fique de quatro por ela, sem medo, sem competir ou querer ser melhor. Fique de quatro por ela com sua sinceridade. Fale a verdade mesmo que possa doer. Não esconda seu passado, mas mais do que isso olhe nos olhos dela quando for falar sobre o futuro que quer para vocês dois.
Coloca ela de quatro com a confiança, a verdade que você transmite. Te garanto que ela será incrível na cama e na sua vida quando ela tiver certeza que você é mais do que o presente, que você pode ser o futuro dela.

Texto: @Felipe_sandrin

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Intertexto - Bertolt Brecht

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

domingo, 21 de abril de 2019

Toque Sutil
(Sociólogo de Botequim)

Em seu corpo meu toque sutil
Faz sua alma tremer
Sua pele sentindo o desejo no gosto do beijo que te faz gemer

Das pernas subo devagar
E vou te levando ao céu
Te sinto suando, querendo, em chamas ardendo implorando meu mel

No pescoço meus lábios repousam
Teu corpo a se contorcer
Teu cheiro em meu cheiro na dança que traz a esperança de não fenecer

Minha língua no ponto sagrado
Enfim gera uma explosão
Do gozo eu já sinto o gosto mas não deixo o posto até a sua exaustão

Então vejo o seu sorriso e é o que eu preciso pra compreender
Que suas pernas já não se aguentam e os lábios desejam me ter em você
Com a força que sobra te ergo, seguro te envergo, te lanço pro ar
E pra explodir de desejo te envolvo num beijo para em ti penetrar

sábado, 20 de abril de 2019

Sem lhe conhecer
Senti uma vontade louca de querer você
Nem sempre se entende as loucuras de uma paixão
Tem jeito não
Olha pra mim
Faz tempo que meu coração não bate assim
Não faz assim, me diz seu nome
Não me negue a vontade de sonhar
De sonhar os meus sonhos com você
Despertando pro seu adormecer
Seria bom demais
Que bem me faz, você.

terça-feira, 16 de abril de 2019

PARTE 2

O olhar parecia de uma santa,
mas o corpo se movia bestialmente
ela sabia o que queria
sabia o que fazia
Suas pernas se abriam
feito uma bailarina,
as mãos me tocavam
quase que a alma

Como pode tanto aos 20 e poucos anos?

O olhar parece inocente,
mas sua boca é tão libertina:
molhada, quente, sagaz,
desliza por todo o meu corpo,
sussurra de maneira depravada

– me come na mesa

Enfio minha cabeça
entre suas coxas carnudas,
chupo a sua flor
que parece uma brasa
quente e avermelhada
Enquanto isso,
ela recita palavras obscenas
me puxando para dentro de si
pelos cabelos
Debruço ela na mesa
e meto com vontade,
latejando brutalmente
até o nosso suor estampar
a marca do nosso pecado
por toda a madeira da mesa

O olhar parecia de uma aluna,
mas o seu corpo ensinou
mais do que eu poderia imaginar.

( Cleydson Ramones )

terça-feira, 9 de abril de 2019

20 DICAS PARA ESCREVER BEM:

1. Evite repetir a mesma palavra, porque essa palavra vai se tornar uma palavra repetitiva e, assim, a repetição da palavra fará com que a palavra repetida diminua o valor do texto em que a palavra se encontre repetida!

2. Fuja ao máx. da utiliz. de abrev., pq elas tb empobrecem qquer. txt ou  mensag. que vc. escrev.

3. Remember: Estrangeirismos never! Eles estão out! Já a palavra da língua portuguesa é very nice! Ok?

4. Você nunca deve estar usando o gerúndio! Porque, assim, vai estar deixando o texto desagradável para quem vai estar lendo o que você vai estar escrevendo. Por isso, deve estar prestando atenção, pois, caso contrário, quem vai estar recebendo a mensagem vai estar comentando que esse seu  jeito de estar redigindo vai estar irritando todas as pessoas que vão estar lendo!

5. Não apele pra gíria, mano, ainda que pareça tipo assim, legal, da hora, sacou? Então joia. Valeu!

6.  Abstraia-se, peremptoriamente, de grafar terminologias vernaculares classicizantes, pinçadas em alfarrábios de priscas eras e eivadas de preciosismos anacrônicos e esdrúxulos, inconciliáveis com o escopo colimado por qualquer escriba ou amanuense.

7. Jamais abuse de citações. Como alguém já disse: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”. E “Todo aquele que cita os outros não tem ideias próprias”!

8. Lembre-se: o uso de parêntese (ainda que pareça ser necessário) prejudica a compreensão do texto (acaba truncando seu sentido) e (quase sempre) alonga desnecessariamente a frase.

9. Frases lacônicas, com apenas uma palavra? NUNCA!

10. Não use redundâncias, ou pleonasmos ou tautologias na redação. Isso significa que sua redação não precisa dizer a mesmíssima coisa de formas diferentes, ou seja, não deve repetir o mesmo argumento mais de uma vez. Isso que quer dizer, em outras palavras, que não se deve repetir a ideia que já foi transmitida anteriormente por palavras iguais, semelhantes ou equivalentes.

11.  A hortografia meresse muinta atensão! Preciza ser corrijida ezatamente para não firir a lingúa portuguêza!

12.  Não abuse das exclamações! Nunca!!! Jamais!!! Seu texto ficará intragável!!! Não se esqueça!!!

13.  Evitar-se-á sempre a mesóclise. Daqui para frente, pôr-se-á cada dia mais na memória: “Mesóclise: evitá-la-ei”! Exclui-la-ei! Abominá-la-ei!”

14.  Muita atenção para evitar a repetição de terminação que dê a sensação de poetização! Rima na prosa não se entrosa: é coisa desastrosa, além de horrorosa!

15.  Fuja de todas e quaisquer generalizações. Na totalidade dos casos, todas as pessoas que generalizam, sem absolutamente qualquer exceção, criam situações de confusão total e geral.

16.  A voz passiva deve ser evitada, para que a frase não seja passada de maneira não destacada junto ao público para o qual ela vai ser transmitida.

17.  Seja específico: deixe o assunto mais ou menos definido, quase sem dúvida e até onde for possível, com umas poucas oscilações de posicionamento.

18.  Como já repeti um milhão de vezes: evite o exagero. Ele prejudica a compreensão de todo o mundo!

19.  Por fim, Lembre-se sempre: nunca deixe frases incompletas. Elas sempre dão margem a

James Michener, escritor, ganhador do Prêmio Pulitzer de 1948.

domingo, 7 de abril de 2019

OS FILHOS DO QUARTO!

NÃO DEIXE DE LER

Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temos perdido eles dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los,
mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.

Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.

Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança.
Quanta imaturidade a nossa.

Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é...

Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar...

Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles tem sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são.

Você hoje pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos.
Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.

Mas como Psicopedagoga tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço você um convite e, por favor aceite !

Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo 2 dias estabelecidos na sua semana a noite (além do sábado e domingo).

E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, "dando trabalho" e que eles aprendam a viver em família, se sintam pertencentes no lar para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal !"

Cassiana Tardivo
Psicopedagoga

Excelente reflexão impossível não compartilhar!

sábado, 6 de abril de 2019

Sobre as voltas que o mundo dá até que uma pessoa receba um diagnóstico e, principalmente, se reconheça como alguém emocionalmente adoecido. Este é o fragmento de um registro em prontuário de um atendimento que fiz recentemente:

“S1- Paciente traz exames que pedi ontem após nossa primeira conversa. Conta que seu quadro inicial era de tosse e dispnéia. Isso ocorreu há 3 anos. Na ocasião, recebeu diagnóstico de asma. Começou a usar s*lb*t*m*l, e uma injeção com doses altas de corticoide mensalmente (😩😳)o que lhe trazia uma “melhora temporária”. Há 2 anos, sentiu uma dor em FIE (abdome inferior) em pontada e no Pronto-atendimento disseram que ela havia tido um "pré-infarto" (palavras da paciente). Há 1 ano e meio iniciou quadro de dor torácica. Era uma dor posterior com irradiação anterior em aperto, não associada ao esforço físico. Paciente nega associação desta dor com sudorese fria ou dispnéia (falta de ar). A dor durava em média 1 dia inteiro e "melhorava sozinha". Fez tomografia de tórax em 18/10/17 que não evidenciou anormalidades.Realizou Teste ergométrico em 06/12/2017 que não evidenciou alterações sugestivas de isquemia miocárdica induzida pelo esforço. (Significa dizer que o exame não mostrou nenhum problema com o coração). Após todos estes exames, ainda foram pedidos Ecocardiograma, Cintilografia miocárdica (repouso e stress), cateterismo. A paciente não fez pois não tinha mais dinheiro pra seguir investigando seus sintomas. Ao mesmo tempo que vivenciava todo esse adoecimento, passava também pelo fim do seu relacionamento. Um casamento de 20 anos, repleto de episódios de violência física. Paciente me mostra fotos de hematomas no rosto e no corpo que guarda no seu celular.”

Ao final da consulta, a paciente me confidenciou que durante os primeiros momentos deste seu adoecimento, o agora ex-marido disse que não queria uma mulher doente do seu lado. Isso me fez entender muita coisa. Foi em uma mulher doente exatamente no que ela se transformou, tamanho era o seu desgosto ao viver na prisão que se tornou sua própria casa.

Ao final da consulta eu decidi perguntar a ela por que, depois de tantos anos indo a tantos profissionais, ela decidiu voltar ao posto pra levar os exames que eu havia pedido.

Ela respondeu que as palavras que eu havia dito a ela no nosso primeiro encontro acenderam uma esperança de que ela pudesse enfim dar um nome aquilo que sentia. No dia anterior eu disse a ela assim:

“Querida, não há quem passe intacta, incólume, por um relacionamento violento que dura 20 anos. Você é jovem, aparentemente saudável, trabalha, cuida dos filhos. O nosso corpo e a nossa mente não são entes separados. São um todo. Único. A tristeza adoece o corpo. Preciso, sim, ver estes exames, mas preciso mais ainda saber do que te afeta. O que de fato está te adoecendo.”

Hoje ela voltou e me disse:

“Doutora, eu preciso de uma psicóloga. Eu quase não dormi essa noite por que ontem eu fiquei pensando em mim quando eu ainda era uma menina. Eu via o meu pai bater em minha mãe e isso doía no fundo da minha alma. Eu perdi as contas de quantas vezes eu repeti: nunca vou arrumar um marido assim pra mim. E, o que eu fiz?”

Ela se viu. Se enxergou de dentro pra fora. E eu aprendi com ela a ser uma médica melhor. Pra ela.

Enxergar o outro. Está é a minha profissão.

De fé.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Se vc chorar essa noite, me conte
Não os motivos
Não as lágrimas e suas infinitas gotas
Me conte se é isso que te faz estar vivo
Se isso te alivia no travesseiro
Se é o que vc imagina ou
Mais uma fantasia alucinante
...
E se eu chorar e só a lua
E não há com que se preocupar
Isso é bobagem minha

Numa entrevista concedida em 1994 a José Geraldo Couto, João Cabral de Melo Neto assim falou a respeito da noção de poesia:

“Naquele poema ‘Alguns Toureiros’ eu digo que aprendi com Manolete a não poetizar o poema. Porque esse é o problema de muito poeta: é que ele faz um poema poético. Quer dizer, faz um poema a partir de elementos já convencionalmente poéticos. Ele perfuma a flor. É como se você planta uma rosa e depois acha que a rosa não está cheirando o suficiente e aí põe, em cima da rosa, perfume de rosas para ela cheirar mais (risos). Eles perfumam o poema. Existem toureiros que fazem isso também, floreiam demais o jogo.”

Poetizar o poema significa encher o poema de emoticons, de pequenas sinalizações indicando ao leitor a reação emocional que o poeta espera provocar. Sinalizações que revelam a insegurança do poeta com relação aos meios que emprega.

Ele acha que o que escreveu não é suficiente, acha que o leitor não vai entender, e começa a reescrever aumentando, começa a encher o verso de pequenas redundâncias, como se cochichasse ao leitor, “olha só, isso aqui é triste”, “preste atenção, aqui é para você achar graça”, e assim por diante. Surgem redundâncias como “um sorriso alegre cheio de felicidade”.  (...)

Leia o resto clicando no link abaixo:

https://mundofantasmo.blogspot.com/2015/06/3852-nao-poetize-o-poema-2862015.html
Numa entrevista concedida em 1994 a José Geraldo Couto, João Cabral de Melo Neto assim falou a respeito da noção de poesia:

“Naquele poema ‘Alguns Toureiros’ eu digo que aprendi com Manolete a não poetizar o poema. Porque esse é o problema de muito poeta: é que ele faz um poema poético. Quer dizer, faz um poema a partir de elementos já convencionalmente poéticos. Ele perfuma a flor. É como se você planta uma rosa e depois acha que a rosa não está cheirando o suficiente e aí põe, em cima da rosa, perfume de rosas para ela cheirar mais (risos). Eles perfumam o poema. Existem toureiros que fazem isso também, floreiam demais o jogo.”

Poetizar o poema significa encher o poema de emoticons, de pequenas sinalizações indicando ao leitor a reação emocional que o poeta espera provocar. Sinalizações que revelam a insegurança do poeta com relação aos meios que emprega.

Ele acha que o que escreveu não é suficiente, acha que o leitor não vai entender, e começa a reescrever aumentando, começa a encher o verso de pequenas redundâncias, como se cochichasse ao leitor, “olha só, isso aqui é triste”, “preste atenção, aqui é para você achar graça”, e assim por diante. Surgem redundâncias como “um sorriso alegre cheio de felicidade”.  (...)

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