sexta-feira, 28 de setembro de 2018

É uma falta tão exagerada de um "pai" que a população se agarra nessas fantasias. É como se esse "super-herói" brabo e resistente representasse a própria fraqueza da população, que assim demonstra se sentir carente de autodefesa. Realmente, não temos uma autoproteção, não sabemos nos cuidar, falta-nos a capacidade de nos defender. Somos uma nação tão carente que se agarra nas pernas desses "salvadores da pátria". Eles sabem da nossa fraqueza, eles quem nos fizeram assim: povo carente, necessitado de si. O engano da nossa visão é a própria ironia no espelho. A gente se olha e não reflete sobre quem de fato somos. A nossa grandeza de povo está esvaziada pelo poder daqueles que nos querem fracos para que eles possam dominar tudo.
 o incrível é que padre Antônio Vieira (séc. XVII) já falava sobre isso. Em um sermão entitulado "Bom ladrão" ele exatamente afirma a lógica da teologia clássica sobre a justiça e é enfático "uma tropa de varas e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões, e começou a bradar: - Lá vão os ladrões grandes a enforcar os pequenos". Nossa "justiça" se comporta como há muitos séculos a concepção de "direito" se estabelece: ao que mais poder tiver, a segurança; ao que menos puder ter, a sentença. Uma estrutura de poder complexa e destrutiva, como diria Capitão Nascimento (Tropa de Elite) "O sistema é foda!". Foucault não conseguiu ser tão certeiro, em poucas palavras se resume o capitalismo.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Hoje estou decidindo, devagarinho, acabar com uma ilusão de estimação que venho cultivando como se fosse algo bom, MAS NÃO É! Não é bom mendigar beijo, implorar abraço, suplicar carinhos. O que nao é espontâneo, nao pode ser fabricado, nem inventado, nem ilusionisticamente vislumbrado, amar tem que ser natural.
Eu ando mendigando, suplicando, inventando amor onde há apenas parceria. A parceria é fundamental para um negócio, para um trabalho em grupo, mas ela não é boa para um relacionamento afetivo. Afeto tem que ter verdadeira vontade, desejo simples e livre. Não há como amar em liberdade condicional. Hora livre para receber, mas aprisionado em si quando é chamado a dar. Está na hora de se levantar da mesa porque o amor não foi servido. Está na hora de seguir em frente e dizer mais uma vez "adeus".
Essa é a boa hora em que a vida se fortalece junto com toda dor abraçada e em seguida colocada em minha pequenina bagagem. Vou levar daqui o jeito gostoso de amar sem nenhuma medida e sem quadratura. É a hora exata de seguir para outra viagem. Quem sabe se encontre amor, mais uma vez, seria a maior benção dessa vida. Mas, se não houver esse encontro, haverá outras dádivas dentre elas a felicidade, a dignidade, a lealdade, a autoestima, o autocuidado, o autoconhecimento, a alegria do saber sobre a experiência sobre existir em demasia. Quero ser feliz e viver cada dia.

sábado, 15 de setembro de 2018

ELEIÇÕES, SABATINAS E ALGUNS PENSAMENTO AÍ...

Fernando Haddad deu um baile hoje (14), no Jornal Nacional!

Seu brilhante desempenho me evocou lembranças. Fiz uma campanha para governador de São Paulo (PSOL), em 2014, que tem residual importância histórica.

Assistindo o petista - em situação mil vezes mais importante e dramática - me voltaram sensações que talvez todo candidato em desafios semelhantes tenha. Digo dos candidatos que não rezam pela cartilha dominante.

Montamos há quatro anos uma pequena e dedicada equipe, com a qual aprendi muito. Entre eles estavam Francisvaldo Mendes de Souza, Denise Simeão , Edson Carneiro Índio e Pedro Ekman. Bia Barbosa e Cláudio Camargo também deram apoio fundamental

A primeira sensação que se tem em debates desse tipo é uma solidão quase absoluta.

A SOLIDÃO - Você está num estúdio, com jornalistas à sua frente que - quase sempre - querem apenas jogar cascas de banana esperando você fazer um papelão. Ao entrar e se sentar, você está só - sozinho! - e com uma responsabilidade monumental nos ombros. Se vacilar ou falar bobagem, dezenas e dezenas de camaradas, candidatas e candidatos que dão o sangue para construir uma ideia, um projeto e um partido podem ser rejeitados nas ruas e nas urnas. Vale uma analogia.

Fui nadador desde a adolescência e participei de centenas de campeonatos. É talvez o esporte mais solitário existente. Quando você é chamado para a borda da piscina, posta-se atrás da baliza e aguarda o apito do juiz para subir. Entre o segundo silvo, para se abaixar, e o tiro de largada, passa-se no máximo um segundo. Nesse microtempo, você olha cinquenta metros de água adiante e a solidão é parecida. É você com você. Uma saída malfeita, uma entrada torta na água ou uma virada ruim, pronto! Está comprometido não apenas seu desempenho, mas a pontuação de toda a equipe.

A OFENSIVA - A segunda sensação nos debates é que você está num jogo de esperteza, muito mais do que numa troca de idéias. Se vacilar, dança. Não pode baixar a guarda em momento algum  É algo extremamente tenso.

Haddad começou nervoso e foi se assenhorando do ambiente. É essencial nunca deixar a bancada tomar a ofensiva. Ou seja, as perguntas não podem lhe pautar. Há que virar o jogo e tentar você definir o ritmo da batalha. Como dizia Brizola, "Estamos numa democracia, você pergunta o que quiser e eu respondo o que quero".

Nesse ponto, eu fazia outra comparação. "Estou numa guerra e ninguém aqui é meu amigo", pensava. E me vinha à mente uma longa conversa mantida há exatas duas décadas com M. Roger Brochet, um francês de 80 anos, casado com Mme. Suzanne, uma extrovertida e divertida professora de francês, dois anos mais velha que ele. Moravam ambos numa casinha com quintal ao fundo, no bairro de Perdizes em São Paulo, desde o final dos anos 1940, quando chegaram ao Brasil.

M. Roger me fascinava. Fora piloto de caça na II Guerra Mundial. Com a França ocupava, integrou-se a uma esquadrilha de Spitfires da RAF, sediada em Nice. Sua história nada tinha de romântica: dos 72 pilotos, apenas ele e outro conterrâneo sobreviveram. Falava com amargor de episódios que eu via como heroicos.

Duas frases grudaram na minha cabeça. A primeira é: "Nunca deixe o inimigo ficar em sua cauda. A possibilidade de ser atingido é de 110%". A segunda era: "Quando você o tiver na alça de mira, não vacile, abra fogo. Em combate não existe segunda chance".

Nos debates, a analogia da solidão se completava com as palavras de M. Roger, que em gestos contidos desenhava no ar manobras realizadas mais de meio século antes.

JUNTO E MISTURADO - Não permita que assumam a ofensiva, quando puder, vá para cima, não os deixe pautá-lo, mentalize o tempo de fala, vá direto ao assunto, não enrole, não demonstre intimidade com quem está no estúdio. Isso repetiam meus camaradas de campanha nas reuniões preparatórias. E sobretudo, lembre-se, diziam eles, você não está conversando com quem está à sua frente. Abstraia-os. Tem de falar com quem está em casa!

Piscina, Spitfires e a paciência dos amigos se fundiam em vastas emoções e pensamentos imperfeitos. Eu ia com um frio na espinha para as emissoras. Às vezes me saia bem, às vezes malomenos.

A campanha, como disse, foi microscópica. Não quero fazer nenhuma egotrip aqui. Detesto ser cabotino.

Mas ao assistir Haddad hoje - e Boulos e Ciro em outras oportunidades -, eu me admiro com a maestria deles, embora cada um exiba um estilo. Encaram situações muito mais duras e cheias de armadilhas do que as enfrentadas por mim. Tenho enorme orgulho em ver gente do nosso lado dando show de arte e competência!

P. S. Disso tudo, só uma tristeza fica. Nunca mais vi M. Roger. Não havia celulares em profusão há vinte anos. Quando, tempos depois, busquei a casinha em Perdizes, um edifício tinha lhe tomado o lugar.

M. Roger Brochet, herói da luta contra o nazismo, faria cem anos neste 2018. Sei lá, tem tudo a ver com o que vivemos...

Gilberto Maringoni

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Murar o Medo
O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios. Os anjos, quando chegaram, já era para me guardarem. Os anjos atuavam como uma espécie de agentes de segurança privada das almas.

Nem sempre os que me protegiam sabiam da diferença entre sentimento e realidade. Isso acontecia, por exemplo, quando me ensinavam a recear os desconhecidos. Na realidade, a maior parte da violência contra as crianças sempre foi praticada, não por estranhos, mas por parentes e conhecidos. Os fantasmas que serviam na minha infância reproduziam esse velho engano de que estamos mais seguros em ambiente que reconhecemos.

Os meus anjos da guarda tinham a ingenuidade de acreditar que eu estaria mais protegido apenas por não me aventurar para além da fronteira da minha língua, da minha cultura e do meu território. O medo foi, afinal, o mestre que mais me fez desaprender. Quando deixei a minha casa natal, uma invisível mão roubava-me a coragem de viver e a audácia de ser eu mesmo. No horizonte, vislumbravam-se mais muros do que estradas.

Nessa altura algo me sugeria o seguinte: que há, neste mundo, mais medo de coisas más do que coisas más propriamente ditas.

No Moçambique colonial em que nasci e cresci, a narrativa do medo tinha um invejável castinginternacional. Os chineses que comiam crianças, os chamados terroristas que lutavam pela independência e um ateu barbudo com um nome alemão. Esses fantasmas tiveram o fim de todos os fantasmas: morreram quando morreu o medo.

Os chineses abriram restaurantes à nossa porta, os ditos terroristas são hoje governantes respeitáveis e Karl Marx, o ateu barbudo, é um simpático avô que não deixou descendência. O preço dessa construção de terror foi, no entanto, trágico para o continente africano. Em nome da luta contra o comunismo, cometeram-se as mais indizíveis barbaridades.

Em nome da segurança mundial, foram colocados e conservados no poder alguns dos ditadores mais sanguinários de toda a história. A mais grave dessa longa herança de intervenção externa é a facilidade com que as elites africanas continuam a culpar os outros pelos seus próprios fracassos.

A Guerra Fria esfriou, mas o maniqueísmo que a sustinha não desarmou, inventando rapidamente outras geografias do medo: a Oriente e a Ocidente e, por que se trata de entidades demoníacas, não bastam os seculares meios de governação. Precisamos de intervenção com legitimidade divina.

O que era ideologia passou a ser crença. O que era política, tornou-se religião. O que era religião, passou a ser estratégia de poder.

Para fabricar armas, é preciso fabricar inimigos. Para produzir inimigos, é imperioso sustentar fantasmas.

A manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas, precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentarmos as ameaças globais, precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania.

Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho poderia começar, por exemplo, pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e de outro lado, aprendemos a chamar de “eles”. Aos adversários políticos e militares juntam-se agora o clima, a demografia e as epidemias. O sentimento que se criou é o seguinte: a realidade é perigosa, a natureza é traiçoeira e a humanidade, imprevisível.

Vivemos como cidadãos, e como espécie, em permanente situação de emergência. Como em qualquer outro estado de sítio, as liberdades individuais devem ser contidas, a privacidade pode ser invadida e a racionalidade deve ser suspensa. Todas essas restrições servem para que não sejam feitas perguntas, como por exemplo, estas: por que motivo a crise financeira não atingiu a indústria do armamento? Por que motivo se gastou, apenas no ano passado, um trilhão e meio de dólares em armamento militar? Por que razão os que hoje tentam proteger os civis na Líbia são exatamente os que mais armas venderam ao regime do coronel Kadafi? Por que motivo se realizam mais seminários sobre segurança do que sobre justiça? Se queremos resolver e não apenas discutir a segurança mundial, teremos que enfrentar ameaças bem reais e urgentes.

Há uma arma de destruição massiva que está sendo usada todos os dias, em todo o mundo, sem que seja preciso o pretexto da guerra.

Essa arma chama-se fome.

Em pleno século XXI, um em cada seis seres humanos passa fome. O custo para superar a fome mundial seria uma fração muito pequena do que se gasta em armamento. A fome será, sem dúvida, a maior causa de insegurança do nosso tempo.

Mencionarei ainda uma outra silenciada violência: em todo o mundo, uma em cada três mulheres foi — ou será — vítima de violência física ou sexual durante o seu tempo de vida. É verdade que, sobre uma grande parte do nosso planeta, pesa uma condenação antecipada pelo fato simples de serem mulheres.

A nossa indignação, porém, é bem menor que o medo. Sem darmos conta, fomos convertidos em soldados de um exército sem nome e, como militares sem farda, deixamos de questionar. Deixamos de fazer perguntas e discutir razões. As questões de ética são esquecidas, porque está provada a barbaridade dos outros e, porque estamos em guerra, não temos que fazer prova de coerência, nem de ética nem de legalidade.

É sintomático que a única construção humana que pode ser vista do espaço seja uma muralha. A Grande Muralha foi erguida para proteger a China das guerras e das invasões. A Muralha não evitou conflitos nem parou os invasores. Possivelmente morreram mais chineses construindo a muralha do que vítimas das invasões que realmente aconteceram. Diz-se que alguns trabalhadores que morreram foram emparedados na sua própria construção.

Esses corpos convertidos em muro e pedra são uma metáfora do quanto o medo nos pode aprisionar.

Há muros que separam nações, há muros que dividem pobres e ricos, mas não há hoje, no mundo um muro, que separe os que têm medo dos que não têm medo. Sob as mesmas nuvens cinzentas vivemos todos nós, do sul e do norte, do ocidente e do oriente. Citarei Eduardo Galeano acerca disto, que é o medo global, e dizer:

“Os que trabalham têm medo de perder o trabalho; os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho; quando não têm medo da fome têm medo da comida; os civis têm medo dos militares; os militares têm medo da falta de armas e as armas têm medo da falta de guerras.

E, se calhar, acrescento agora eu: há quem tenha medo que o medo acabe.
(Mia Couto)

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

você me
de
ses
tru
tu
ra

você me dá aquela sensação
de poder ser eu mesma
sem armaduras
e nossos olhares são capazes
de causar um incêndio
onde tudo era faísca
come on, baby
que eu voltei até a ser clichê
dizendo que sim quando você
me chama pra visitar
todos esses universos
que cê carrega dentro de si

eu sou maravilhosa sozinha
mas com você sou o dia todo
poesia

eu quero conversar contigo
por muitas madrugadas
ouvir sobre o que te faz leve e o que te apavora
ouvir sobre quando você foge
e quando você se demora
quais são os discos que te curam
quais são as músicas que
te recomeçam
por onde você viajou
quais os gostos que cê guarda
nesse sorriso que soltou

eu sei que você também tem vontade
de me ouvir um tanto assim
tem partes de você que se reconhecem em mim
cê não sabe disfarçar não
nossas histórias se esbarraram do nada
ou será que a loucura da vida
já tinha a intenção?

eu to na sua
então pode perguntar
sobre meus livros, minhas constelações
minhas inseguranças
eu te conto sobre todas as minhas revoluções
minhas andanças

se quiser me descobrir com a língua
não tem erro, cê sabe por onde começar
e se você quer me ver dançar
é só escolher o som

cê sabe que se eu te chamar
cê vai querer ficar
não tem jeito
eu sou esse motim
no seu peito
e eu gosto de caminhar
com quem tem coragem
de viver o que sente
e aí, cê vem?

ryane leão

#ondejazzmeucoracao
 Desculpem, mas estou cansada dessw argumento demagógico e falacioso. Ninguém aqui está falando de respeito sobre este ou aquele! Eu estou exatamente demarcando o lugar de fala de quem realmente precisa de cuidado e proteção, veja bem, porque NÃO TEM! Todos os dias morre a nossa gente negra, nós mulheres, crianças, gente absolutamente desfavorecida por diversos fatores e NINGUÉM defende eles antes de acontecer a tragédia. Eu fico muito triste de observar tanta comoção para um político, todo protegido, inclusive para incitar violência contra pessoas vulneráveis (como nós mulheres em caso de estupro) e não vejo a mesma guerra para combater a violência incontrolável contra quem realmente necessita porque - repito - não tem como se defender. Eu não estou dizendo " bem feito", eu não sou quem diz "mereceu isso" (como já ouvi o próprio energúmeno dizer sobre mulheres estupradas e gente torturada), eu não estou no mesmo lugar de fala dele e não tenho porquê para pedir desculpa. Não tenho que pedir desculpa porque não incito a violência. Não tenho que fazer a mea-culpa porque sou ABSOLUTAMENTE CONTRA A FORMA DELE DE ENXERGAR O MUNDO E PRINCIPALMENTE AS MULHERES E  AS MINORIAS. Eu não vou pedir desculpas para ninguém porque eu não faço apologia à agressão de nenhuma forma. Meu argumento sobre mulheres violentadas e mortas é sobre QUEM PRECISA DE MAIS CUIDADO E PROTEÇÃO. E eu te pergunto: quem precisa realmente de cuidado, proteção e defesa???? Deixe a mídia comover a quem ela quer enganar, mas nenhuma demagogia me seduz! Não há demagogia em mim. Defendo as nossas vidas porque elas também importam e inclusive agora morreu mais uma criança, ontem foram centenas de periféricos e hoje são muitas as mulheres estupradas a cada 11 minutos! Eu quero ver a minha gente cuidada, não quero nem saber de gente que tem todo cuidado e apoio e ainda faz pouco da nossa cara.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Sinceramente, não quero NEM SABER DESSE TAL. Para mim, quanto mais vcs ficam com pena mais ele entra na mentalidade fraca da população viciada em novela. É muita chorumela pra pouco velório! Gente, ninguém morreu neste caso específico, ao contrário está super bem trado e vai ganhar flores de boa noite. Mas continua sendo machista, homofóbico, transfóbico, racista, xenófobo!!!! Parem de se preocupar com pouca merda! Tem gente morrendo agora na favela, mais um menino negro, mais uma moça estuprada que estava chegando do trabalho! Só parem! Menos... Beeeeeeeeeeeem menos!!! Bora se preocupar com o que REALMENTE É PRA SE PREOCUPAR!
RESPOSTA A UM ARGUMENTO FALACIOSO...
 desculpe me intrometer no seu comentário, mas é muita demagogia usar o discurso reverso tentando culpar as pessoas que estão claramente destacando onde o ódio pode chegar. Vou tentar te esclarecer sobre o seguinte: quem deixa claro o posicionamento contra violência, não quer a violência em nenhuma hipótese, e - enfatize-se aqui - não irá defender ou estimular ódio e agressão física. Quando uma pessoa é claramente e irrevogavelmente contra a violência (em qualquer das suas instâncias e dos seus espectros), ela jamais incitará a violência, ela ao contrário refuta a violência através de argumentos fatídicos (desta feita, indiscutivelmente cabais). Não aceito a atitude absurdamente demagógica daqueles que se dizem radicalmente contra a violência mesmo em caso de desafetos, mas praticam essa violência simbólica por meio de discurso reverso. Ou seja, dizer que há racismo em discursos de negros "contra brancos", de que as mulheres misândricas são um perigo, ou outras falácias, devem ser evitadas. Não há porquê para se pensar que estamos culpando a vítima, ninguém disse que ele estava pedindo para tomar uma facada. Ninguém disse nesta postagem que ele "mereceu". Note que este é o discurso falacioso do próprio indivíduo sobre vítimas frequentes na sociedade. Aqui ninguém está culpando a vítima, isso é discurso e argumento falacioso. Não recorra à violência simbólica, ela não passa despercebida! Somos mulheres que possuem opinião absolutamente clara sobre a violência! Nenhuma a menos! Queremos reduzir a violência em todas as suas nuances, mesmo quando ela se dá de forma sutil, mas cínica!

domingo, 2 de setembro de 2018

Estamos vivendo tempos extremos no Brasil, onde candidatos extremamente criminosos por suas posturas racistas, homofóbicas, machistas e xenófobas possuem todo apoio da "alta sociedade" a fim de destituir a democracia. Está difícil, desanimador e parece um rolo compressor. Não é sobre um candidato, é sobre a democracia que está vacilante. Creio que iremos enfrentar essa árdua batalha, mas não perderemos a guerra. A guerra aqui é contra o terrorismo neoliberal que está agindo com todo seu aparato bélico, com todo o seu aparelhamento ideológico. Estamos sitiados, não somente por Lula. Mas ele é o exemplo mais claro, sem dúvida. Independente de quem quer ou não votar neste ou naquele candidato, o Brasil está dando uma aula de tirania☹️

Dor de ser mulher

As pessoas não acreditam mesmo que nós mostremos provas. Não adianta, vc é mulher e, por esse único argumento machista, já está errada. Infelizmente, os agressores adoram nos ver amedrontadas, entristecida, julgadas, apedrejadas no lugar deles, destruídas em nossas condições emocionais. Quanto mais eles sabem do nosso sofrimento mais eles se alimentam. Eu fico muito, muito mesmo, mal por ver que isso vai ser carregado por você por anos, assim como será em mim. Existem feridas que nunca deixam de doer, isso é o nosso corpo nos lembrando que devemos sempre e cada vez mais nos defender. Existem dores que nunca saram, mesmo sem nenhuma cicatriz aparente mas elas estão latentes. Como diz Roberto "Eu sei que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci", as palavras silenciam diante de dores irremediáveis. São nossas e de mais ninguém, ninguém sabe o que de fato doeu, como doeu, porque dói ainda e em que lugar essa dor ficou guardada (sendo que nós mesmas não podemos arrancar). Não estou falando de amor, não é romantismo. É a mais dura e cruel realidade. Por isso, saiba que sua dor é só sua, mas somos muitas mulheres doloridas por todo o mundo. E não estamos sós. Enquanto sua dor arder, aqui eu na minha dor sei da sua valentia, da sua persistência em sobreviver, da alegria em se ver mais livre dessa dor a cada dia, para que ela NUNCA TE DOMINE. Você é uma mulher e a sua natureza é de coragem e força. Esse inimigo não te vence mais. Sigamos juntas!